O pau só dá em Chico, em Francisco nada.
Esta é a justiça brasileira.
A vez do PSDB, DEM, PPS, SD vai chegar. Deus é grande.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/paulo-pimenta-questiona-a-policia-federal-por-que-estao-paradas-as-investigacoes-que-apuravam-denuncias-contra-grandes-sonegadores-como-bradesco-santander-grupos-gerdau-e-rbs-por-que-fhc-nao-e-c.html
Pimenta questiona a PF: Por que estão paradas as investigações contra grandes sonegadores, como Bradesco, Santander, Gerdau e RBS? Por que FHC não é chamado a depor?
publicado em 29 de dezembro de 2015 às 17:49
Foto: Assessoria Deputado Paulo Pimenta.
Deputado Pimenta pede à PF retomada do foco central da Operação Zelotes e questiona seletividade das investigações
da assessoria de imprensa do deputado Paulo Pimenta, via e-mail
Relator
da subcomissão da Câmara Federal que acompanha os desdobramentos da
Operação Zelotes, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) questionou, nesta
terça-feira (29), o Diretor-Geral Substituto da Polícia Federal, Rogério
Galloro, por que estão paralisadas as investigações que apuravam
desvios de R$ 20 bilhões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
(Carf) da Receita Federal. Prometidas para julho de 2015, as denúncias
contra grandes bancos e empresas, como Bradesco, Santander, Mitsubishi,
nunca apareceram. A reunião entre o parlamentar e o Diretor-Geral
Substituto ocorreu na sede da Polícia Federal em Brasília.
A
preocupação do deputado Pimenta é que, segundo informações, a Polícia
Federal, há meses, não realiza nenhuma diligência dentro escopo original
das denúncias da Operação Zelotes. Nesse período, porém, a PF abriu uma
investigação paralela para apurar a compra de medidas provisórias no
Governo Federal. “Não posso crer que o curso das investigações na PF
seja ditado pelo interesse editorial do Jornal Nacional”, disse Pimenta
em referência ao fato de a Zelotes só ter recebido destaque na imprensa
quando o nome do filho do ex-Presidente Lula foi envolvido na Operação.
Pimenta
aponta nessa “dobradinha com a imprensa” um dos fatores que podem ter
sido responsáveis pelo desvio de foco e paralisação da Zelotes, já que,
para o parlamentar, a investigação contra bancos e grandes anunciantes
da própria mídia não tem espaço na imprensa. O deputado lembra que o
juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, é defensor dessa relação com a imprensa.
Em artigo, Sérgio Moro defendeu que só “com o apoio da opinião pública,
elas [as operações] têm condições de avançar e apresentar bons
resultados”.
Por que FHC não é chamado para depor?
Questionado
pelo deputado Pimenta sobre a existência de algum critério dentro da
Polícia Federal para que sejam ouvidos ex-presidentes da República, o
Diretor-Geral Substituto alegou que não há nenhum padrão a ser seguido, e
que a autoridade policial tem autonomia para ouvir quem julgar
necessário. “Essa subjetividade das escolhas é que causa estranheza. Se o
objetivo é ouvir os ex-presidentes sobre supostos escândalos que
ocorreram durante seus governos, por que motivo o Fernando Henrique
nunca foi chamado, já que a corrupção na Petrobrás e o caso Alstom em
São Paulo – para ficar só nesses dois episódios – iniciaram quando ele
ainda era Presidente?”, indagou o parlamentar.
Pimenta
lembrou que governadores ou ex-governadores nunca foram chamados para
depor sobre supostos casos de corrupção que tenham ocorrido durante o
tempo em que estiveram à frente do poder executivo. “Deveria haver um
critério, então, para todos. Esse direcionamento das investigações é que
gera perplexidade”, contestou o parlamentar.
Vazamentos à imprensa serão apurados
Outra
observação feita pelo deputado Pimenta foi quanto ao vazamento do
conteúdo do depoimento do ex-Presidente Lula, que prestou
esclarecimentos à Polícia Federal como informante na Operação Lava-Jato.
As informações foram vazadas, e menos de 24 horas depois foram
apresentadas pelos telejornais da Rede Globo.
Pelo
Código de Ética da Polícia Federal é vedado ao agente público do
Departamento “usar ou repassar a terceiros, através de quaisquer meios
de comunicação, informações ou conhecimento de domínio e propriedade do
Departamento de Polícia Federal”. O artigo 153 do Código Penal prevê
para o crime de vazamento de informações sigilosas a pena de detenção de
um a quatro anos, enquanto a Lei 9.296/96, que tipifica como crime o
vazamento de informações sigilosas constantes de processos judiciais,
estabelece pena de dois a quatro anos de prisão.
Diante
do caso, o Diretor-Geral Substituto da PF afirmou que os vazamentos à
imprensa “serão objeto de apuração” e se resumiu a dizer que a “PF
procura evitar qualquer tipo de exposição” e que se houver condutas
equivocadas “serão corrigidas”.
Por
fim, o deputado Pimenta questionou também por que não são objeto das
investigações as indicações dos conselheiros feitas pelas entidades do
contribuinte, como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e
Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF). As
investigações apontaram que os conselheiros do Carf recebiam propina
para anular multas de grandes empresas com a Receita Federal.
Deflagrada
pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, inicialmente,
para investigar a corrupção no Carf, a Operação Zelotes foi, ao longo do
ano, perdendo fôlego. Pelo esquema, empresas com dívidas milionárias
com a União pagavam propina a conselheiros do Carf para se livrarem das
multas. “São empresas que contam com a blindagem da mídia e a disposição
da imprensa de transformar a Zelotes em algo que ela não é. Espero que a
PF retome o foco e conclua suas investigações para que o Brasil possa
conhecer quem são as grandes empresas sonegadoras do país, e as pessoas
que montaram esse esquema bilionário de corrupção dentro do Carf”,
enfatizou Pimenta.
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