Carta de Michael Moore a Donald Trump: “Somos todos muçulmanos”
O cineasta norte-americano
critica as declarações racistas do candidato a presidente dos EUA.
Segundo Moore, o magnata, que, “em desespero e loucura, decidiu proibir a
entrada de todos os muçulmanos no país”, não representa o que a América
é hoje. #WeAreAllMuslim
Na missiva,
Michael Moore recorda que conheceu Donald Trump em novembro de 1998,
num programa televisivo. Segundo o cineasta, aquele que agora aspira
tornar-se presidente dos Estados Unidos da América (EUA) estava nervoso
com o facto de enfrentar Moore na televisão, receando ser
“ridicularizado”.
Surpreendido com a forma como Trump, que se descrevia como “um homem rijo de Queens”, parecia “um gatinho assustado”, Moore teve, inclusive, de tranquilizá-lo antes do início do programa, destacando que não iria maltratá-lo e que, na verdade, “mal o conhecia”.
“E agora, aqui estamos em 2015 e, tal como muitos outros homens brancos zangados, está assustado com o bicho papão que o vai apanhar. Esse bicho papão, na sua cabeça, são todos os muçulmanos. Não apenas os que mataram, mas todos os muçulmanos”, escreve Moore.
“Felizmente, Donald, você e os seus apoiantes já não representam o que a América é hoje. Não somos um país de homens brancos zangados”, prossegue o cineasta, citando uma estatística que assinala que 81% do eleitorado que irá eleger o presidente no próximo ano é constituído por mulheres, pessoas de cor e jovens entre os 18 e os 35 anos. “Por outras palavras, não você. E não as pessoas que querem que dirija o país”, frisa.
Lembrando que o magnata, “em desespero e loucura, decidiu proibir a entrada de todos os muçulmanos no país”, Michael Moore refere que foi “educado para acreditar que somos todos seres humanos e irmãos, sem distinção de raça, credo e cor”.
“Isto significa que, se quer proibir os muçulmanos, primeiro terá de proibir-me. E a todos os outros. Somos todos muçulmanos. Assim como somos todos mexicanos, somos todos católicos e judeus e brancos e pretos e todas as sombras no meio. Somos todos filhos de Deus (ou da natureza ou seja o que for em que acredite), fazemos parte da família humana, e nada que possa dizer ou fazer pode, de forma alguma, alterar esse facto”, avança o cineasta.
Se Trump não consegue viver sob estas regras americanas deve, segundo aconselha Moore, “ir para uma sala de espera de qualquer uma das suas torres e sentar-se ali para pensar no que disse”, deixando os eleitores em paz para que possam eleger “um presidente verdadeiro que seja solidário e forte”.
O cineasta norte-americano apela a todos aqueles que leiam a sua carta para tirarem uma fotografia a segurar uma pancarta com a palavra de ordem “Somos todos muçulmanos”, por forma a tornar a mensagem viral nas redes sociais. A iniciativa de Moore converteu-se numa das mais replicadas no twitter nos EUA.
Surpreendido com a forma como Trump, que se descrevia como “um homem rijo de Queens”, parecia “um gatinho assustado”, Moore teve, inclusive, de tranquilizá-lo antes do início do programa, destacando que não iria maltratá-lo e que, na verdade, “mal o conhecia”.
“E agora, aqui estamos em 2015 e, tal como muitos outros homens brancos zangados, está assustado com o bicho papão que o vai apanhar. Esse bicho papão, na sua cabeça, são todos os muçulmanos. Não apenas os que mataram, mas todos os muçulmanos”, escreve Moore.
“Felizmente, Donald, você e os seus apoiantes já não representam o que a América é hoje. Não somos um país de homens brancos zangados”, prossegue o cineasta, citando uma estatística que assinala que 81% do eleitorado que irá eleger o presidente no próximo ano é constituído por mulheres, pessoas de cor e jovens entre os 18 e os 35 anos. “Por outras palavras, não você. E não as pessoas que querem que dirija o país”, frisa.
Lembrando que o magnata, “em desespero e loucura, decidiu proibir a entrada de todos os muçulmanos no país”, Michael Moore refere que foi “educado para acreditar que somos todos seres humanos e irmãos, sem distinção de raça, credo e cor”.
“Isto significa que, se quer proibir os muçulmanos, primeiro terá de proibir-me. E a todos os outros. Somos todos muçulmanos. Assim como somos todos mexicanos, somos todos católicos e judeus e brancos e pretos e todas as sombras no meio. Somos todos filhos de Deus (ou da natureza ou seja o que for em que acredite), fazemos parte da família humana, e nada que possa dizer ou fazer pode, de forma alguma, alterar esse facto”, avança o cineasta.
Se Trump não consegue viver sob estas regras americanas deve, segundo aconselha Moore, “ir para uma sala de espera de qualquer uma das suas torres e sentar-se ali para pensar no que disse”, deixando os eleitores em paz para que possam eleger “um presidente verdadeiro que seja solidário e forte”.
O cineasta norte-americano apela a todos aqueles que leiam a sua carta para tirarem uma fotografia a segurar uma pancarta com a palavra de ordem “Somos todos muçulmanos”, por forma a tornar a mensagem viral nas redes sociais. A iniciativa de Moore converteu-se numa das mais replicadas no twitter nos EUA.
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