Será que pimenta só arde nos olhos dos outros?
http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/211408/Delator-aponta-propina-para-A%C3%A9cio-de-R$-300-mil.htm
Delator aponta propina para Aécio de R$ 300 mil
Apontado
como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, Carlos
Alexandre de Souza Rocha disse em delação premiada homologada pelo STF
na Operação Lava Jato ter levado a quantia no segundo semestre de 2013 a
um diretor da UTC no Rio de Janeiro chamado Miranda, que lhe disse que o
montante teria como destino o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), que
foi derrotado na disputa presidencial do ano passado; segundo Rocha,
Miranda "estava bastante ansioso" pelos R$ 300 mil, o que lhe causou
estranheza; o diretor contou que "não aguentava mais a pessoa" lhe
"cobrando tanto"; Rocha teria perguntado quem era e Miranda respondeu
Aécio Neves, de acordo com o delator; por meio de sua assessoria, o
tucano chamou de "absurda" a citação de Rocha; anteriormente, Aécio já
havia sido citado pelo próprio Youssef como responsável por um mensalão
em Furnas
247
– O senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu R$ 300 mil de um diretor da
UTC Engenharia, uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato,
segundo o delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará.
A informação foi publicada em reportagem de Rubens Valente, da Folha de
S. Paulo, nesta quarta-feira 30.
Rocha
é apontado como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, e
teve sua delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal
(STF). Ele contou aos investigadores ter levado a quantia no segundo
semestre de 2013 a um diretor da UTC no Rio de Janeiro chamado Miranda,
que lhe disse que o montante teria como destino o senador tucano.
O
diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana, confirmou que o
diretor comercial da empreiteira no Rio chamava-se Antonio Carlos
D'Agosto Miranda e que "guardava e entregava valores em dinheiro a
pedido" dele ou de Ricardo Pessoa, dono da empresa.
Segundo
Rocha, Miranda "estava bastante ansioso" pelos R$ 300 mil, o que lhe
causou estranheza e o levou a perguntar o motivo. O diretor da UTC
contou então que "não aguentava mais a pessoa" lhe "cobrando tanto" o
dinheiro. Rocha teria perguntado quem era e Miranda respondeu Aécio
Neves, de acordo com o delator.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o tucano chamou de "absurda" a citação de Rocha.
Anteriormente, Aécio já havia sido citado pelo próprio Youssef como responsável por um mensalão em Furnas (leia mais aqui).
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/194325/Youssef-confirma-que-A%C3%A9cio-recebeu-dinheiro-de-Furnas.htm
Youssef confirma que Aécio recebeu dinheiro de Furnas
O
doleiro Alberto Youssef confirmou, nesta terça (25), durante depoimento
na CPI da Petrobras, que o senador Aécio Neves (PSDB) recebeu dinheiro
de corrupção envolvendo Furnas; "Eu confirmo por conta do que eu
escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador
dele", disse; o deputado federal Paulo Pimenta (PT) defendeu que Aécio
seja investigado por ter sido citado por Youssef; Pimenta ironizou a
atuação do PSDB e do DEM na CPI; ele disse que a atuação da oposição é
para que só “meia corrupção” seja investigada; em nota, o PSDB diz que
acusações contra Aécio são "improcedentes"; imagem de chamada da Globo
News noticiando o fato viralizou nas redes sociais
247
- O doleiro Alberto Youssef confirmou, nesta terça-feira (25), durante
depoimento na CPI da Petrobras, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
recebeu dinheiro de corrupção envolvendo Furnas, subsidiária da
Eletrobras. "Eu confirmo (que Aécio recebeu dinheiro de corrupção) por
conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e
eu era operador dele", disse o doleiro.
A
declaração de Youssef foi resposta a pergunta do deputado federal Jorge
Solla (PT-BA). Solla questionou se houve "dinheiro de Furnas para
Aécio" e Youssef diz que confirmava versão passada anteriormente. Paulo
Roberto Costa disse que não tem conhecimento do assunto.
Em
seguida, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu que o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) seja investigado por ter sido citado por
Alberto Youssef. Pelo Twitter, o petista afirmou que os tucanos da CPI
ficaram "perplexos". "Alberto Youssef acaba de confirmar que Aécio
recebeu $$ de Furnas - Aqui na CPI da Petrobras silêncio total de
tucanos perplexos", postou.
"Meia corrupção"
Em
seu discurso, Pimenta disse que a atuação da oposição é para que só
“meia corrupção” seja investigada e criticou os trabalhos da CPI que
decidiu por não apurar o pagamento de propina na estatal durante os
governos FHC. Segundo um dos delatores, o esquema de corrupção na
Petrobrás iniciou em 1997, no primeiro mandato do ex-presidente Fernando
Henrique.
“É curioso porque há um
esforço por parte de alguns partidos de tratar esse tema como se
fôssemos um bando de ingênuos. Se observarmos alguns episódios de maior
repercussão do governo FHC, vamos ver que o Alberto Youssef estava lá.
Se formos na CPI da Banestado, quem estava lá? O Youssef e o Ricardo
Sérgio. Quem é Ricardo Sérgio? O tesoureiro da campanha do José Serra.
Agora, na denúncia do Janot aparece o Júlio Camargo juntamente com um
cidadão chamado Gregório Marin Preciado. Quem é o Gregório? Primo do
Serra, sócio do Serra. Capítulo 8 da Privataria Tucana”, indicou
Pimenta.
O deputado também reafirmou
que as contribuições recebidas pela campanha da presidente Dilma
Rousseff foram legais. De acordo com o parlamentar, “ninguém é bobo”
para acreditar que a mesma empresa que doava para Dilma fazia porque o
dinheiro era “propina”, enquanto as doações para Aécio - muito maiores -
eram feitas por “generosidade” e por “amor”.
Sobre
o esforço do PSDB e do DEM, que ao longo de seus governos se
especializaram em abafar as operações de investigação, Pimenta cobrou um
patamar mínimo de coerência dos parlamentares para que a CPI da
Petrobras tenha alguma credibilidade junto à sociedade. "O PSDB e o DEM
tratam os brasileiros como se fossem uma população sem memória, como se
não conhecessem a história do Brasil e não soubessem quem eles são. Nós
sabemos o que vocês fizeram no verão passado. Vamos investigar a fundo
todas as irregularidades, mas nós não vamos aceitar o PSDB e o DEM como
parâmetros de conduta ética na gestão da coisa pública, porque eles não
são", acusou Pimenta.
Delação
Em
depoimento gravado em vídeo, o doleiro Alberto Youssef afirmou que
recolhia propinas na empresa Bauruense, subcontratada de Furnas, para o
deputado José Janene (PP-PR), já falecido. Youssef disse ainda que, numa
das viagens a Bauru, ficou sabendo que a diretoria da empresa, ocupada
por Dimas Toledo, era de responsabilidade do então deputado Aécio Neves,
apontando o senador como beneficiário do esquema. Apesar do relato,
Youssef negou ter tido contato com Aécio, que foi deputado federal por
Minas entre 1987 e 2003. "O partido (PP) tinha a diretoria, mas quem
operava a diretoria era o Janene em comum acordo com o então deputado
Aécio Neves", disse Youssef em fevereiro.
Mesmo
depois do depoimento, a procuradoria-geral da República entendeu que
não havia elementos suficientes para abrir uma investigação contra Aécio
no âmbito do esquema Petrobras. Em petição ao Supremo Tribunal Federal
(STF), no começo de março, Rodrigo Janot pediu arquivamento do
procedimento.
PSDB nega envolvimento de Aécio
Em
nota, o PSDB disse que "como já foi afirmado pelo advogado de Alberto
Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o
Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio
Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam
minimamente confirmá-las".
"Não se
tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas
por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara
dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de
interesse político de quem o fez à época. Em seu depoimento à Polícia
Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: "Nunca teve
contato com Aécio Neves" (página 18) e que "questionado se fez alguma
operação para o PSDB, o declarante disse que não" (página 20)", informa.
Segundo
o PSDB, "na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do
PT, Youssef repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve
qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve
conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um
comentário feito por um terceiro já falecido". "Dessa forma, a tentativa
feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que
investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para
desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela
Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT", atacou.
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