Além de rasgar páginas do livro de Chico Buarque, o fascista deixou uma mensagem: “Petista, hipocrita (sic), ladrão de dinheiro público”

Por Redação – do Rio de Janeiro
Não bastou a abordagem violenta dos ‘coxinhas’, como são chamados os fascistas soltos na Zona Sul do Rio de Janeiro, ao escritor e compositor Chico Buarque de Hollanda, na última terça-feira. Na manhã deste sábado, um desses fascistas, disfarçado de consumidor, entrou na livraria Saraiva do shopping Rio Sul, pixou e rasgou um exemplar do livro O irmão alemão, escrito por Chico Buarque.
Livro de Chico Buarque é destruído por um extremista, ainda não identificado

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Além de rasgar páginas do livro, o vândalo deixou uma mensagem: “Petista, hipocrita (sic), ladrão de dinheiro público”.
“Ir até uma livraria danificar um livro (sem comprar) porque não concorda com a posição política do autor, não faz de você um F*dão e sim um Babaca, que não respeita o trabalho dos livreiros, que estão trabalhando nesse período, exaustos, e que precisam da comissão nas vendas dos livros. Esse ódio partidário está cegando as pessoas!!”, protestou uma estudante, no seu perfil, em uma rede social.
“Ou combatemos severamente essa gente ou qualquer dia estarão queimando livros e pessoas em praça pública!”, comentou uma amiga da estudante.
A onda fascista que tem causado o ataque a pessoas públicas e obras, de forma indistinta, preocupa a presidenta Dilma Rousseff, que se manifestou sobre o assédio ao artista Chico Buarque por parte de integrantes da ultradireita. “Minha solidariedade a Chico Buarque, um dos maiores artistas brasileiros, que foi hostilizado no Rio por conta de suas posições políticas. O Brasil tem uma tradição de conviver de forma pacífica com as diferenças. Não podemos aceitar o ódio e a intolerância”, escreveu a presidenta, em sua conta no Twitter.