sábado, 21 de maio de 2016

POLÌTICA - Que canalha!


Paulinho da Força diz que Temer “esqueceu” trabalhadores. E ele esqueceu das promessas de Temer

mangane
O deputado Paulinho da Força candidatou-se hoje ao troféu cara-de-pau 2016, como franco favorito.
Depois de ter sido um dos mais ativos agentes da conspiração para colocar Michel Temer no Governo, disse hoje que que o ocupante do Planalto “esqueceu”  a classe trabalhadora na montagem e seu governo.
“Os trabalhadores não estão no ministério do Temer. Foi montado um ministério, e os trabalhadores foram esquecidos”, disse Paulinho à Agência Brasil, no Palácio do Planalto, momentos antes de participar da reunião com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e com representantes de órgãos federais ligados à Previdência, Fazenda, Trabalho e Planejamento
Só rindo, não é?
E o pior é que, além de se dizer traído, Paulinho ameaçou:
“Em hipótese nenhuma aceitamos [alterações na] idade mínima para quem já está no mercado de trabalho, ou seja, para quem já está na regra da previdência, e regra de transição. Afetar trabalhadores na ativa é algo inegociável. Seria um caos. Imagina uma reforma que prejudique 49 milhões de brasileiros. Isso não passa. É penalizar as pessoas que estão no mercado e que foram contratados dentro dessa regra”
Paulinho, você não leu o “Ponte para o Futuro”, programa do golpe de Temer? Está lá escrito, com todas as letras: “é preciso introduzir, mesmo que progressivamente, uma idade mínima que não seja inferior a 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres, com previsão de nova escalada futura é preciso introduzir, mesmo que progressivamente, uma idade mínima que não seja inferior a 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres, com previsão de nova escalada futura “.
Pois é isso mesmo que aguarda os trabalhadores, como se tentou mais cedo mistificar com a pesquisa engavetada da CNI. O repórter Eduardo Cucolo, da Folha, foi atrás dos dados não divulgados e achou: só 17% concordam com uma idade maior que 60 anos para a aposentadoria. 65 anos, então, certamente são menos de 10% e, possivelmente, os que não dependem de salário para viver.
Agora, será que o Paulinho “enviuvou” do golpe ou está sinalizando a Temer que vai ter de dar muito mais se quiser fazer passar na Câmara o que o mercado lhe exige?

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