Jucá escancara as razões do golpe
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
A política é feita em cima de discursos públicos mas é decidida nas falas privadas.
O que aparece na transcrição da conversa gravada entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, são as verdadeiras motivações para o processo de impeachment, nas confissões de um de seus mais importantes articuladores: Dilma tinha que ser afastada para possibilitar um acordão que interrompesse a marcha da Lava Jato sobre a podre elite política do país. Se Dilma foi afastada com este objetivo, e não porque cometeu pedaladas fiscais, foi golpe. Jucá, mais que nenhum ator da trama até agora, legitimou a interpretação do golpe.
Foi ele que comandou o movimento decisivo para a movimentação da engrenagem que permitiu a votação na Câmara, o desembarque do PMDB. Foi ele, como presidente em exercício do partido, que declarou: “neste dia histórico para o PMDB, o partido deixa o governo Dilma Rousseff”. E na plateia, gritos de “fora, PT”. Foi ele a ponte entre o bloco de Cunha na Câmara e o então vice-presidente Michel Temer, convencendo-o de que se tornaria o presidente da restauração política, obtendo o sinal verde para colocar a engrenagem em marcha.
Premiado com o Ministério do Planejamento, não por acaso a pasta que comanda o Orçamento, Jucá será demitido por Temer na primeira quinzena de governo? Supremo e PGR ficarão inertes diante das evidências de que o impeachment foi a mais sofisticada operação de “obstrução da Justiça”? Quando Cardozo apontar o desvio de finalidade do próprio processo, o que dirão os homens do Supremo?
As falas privadas desmentem frontalmente o discurso público do impeachment e deixam claríssimo que houve a decisão de descartar o mandato da presidente para permitir a fuga dos verdadeiramente culpados. As desculpas de Jucá são esfarrapadas. “Falava da sangria da economia”, da situação do país, da necessidade de estancar a crise...
Tudo lorotas. O que ele fez foi uma confissão de motivos para derrubar Dilma.
A política é feita em cima de discursos públicos mas é decidida nas falas privadas.
O que aparece na transcrição da conversa gravada entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, são as verdadeiras motivações para o processo de impeachment, nas confissões de um de seus mais importantes articuladores: Dilma tinha que ser afastada para possibilitar um acordão que interrompesse a marcha da Lava Jato sobre a podre elite política do país. Se Dilma foi afastada com este objetivo, e não porque cometeu pedaladas fiscais, foi golpe. Jucá, mais que nenhum ator da trama até agora, legitimou a interpretação do golpe.
Foi ele que comandou o movimento decisivo para a movimentação da engrenagem que permitiu a votação na Câmara, o desembarque do PMDB. Foi ele, como presidente em exercício do partido, que declarou: “neste dia histórico para o PMDB, o partido deixa o governo Dilma Rousseff”. E na plateia, gritos de “fora, PT”. Foi ele a ponte entre o bloco de Cunha na Câmara e o então vice-presidente Michel Temer, convencendo-o de que se tornaria o presidente da restauração política, obtendo o sinal verde para colocar a engrenagem em marcha.
Premiado com o Ministério do Planejamento, não por acaso a pasta que comanda o Orçamento, Jucá será demitido por Temer na primeira quinzena de governo? Supremo e PGR ficarão inertes diante das evidências de que o impeachment foi a mais sofisticada operação de “obstrução da Justiça”? Quando Cardozo apontar o desvio de finalidade do próprio processo, o que dirão os homens do Supremo?
As falas privadas desmentem frontalmente o discurso público do impeachment e deixam claríssimo que houve a decisão de descartar o mandato da presidente para permitir a fuga dos verdadeiramente culpados. As desculpas de Jucá são esfarrapadas. “Falava da sangria da economia”, da situação do país, da necessidade de estancar a crise...
Tudo lorotas. O que ele fez foi uma confissão de motivos para derrubar Dilma.
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