Da Tribuna na Internet.
Pedro do Coutto
Cartão amarelo para os apontados no título, sem dúvida, advertência constrangedora. A presidente Dilma Roussef agiu correta e oportunamente ao decretar a intervenção do Palácio do Planalto no Comitê Organizador da Copa do Mundo. Até agora ele não conseguiu organizar nada. Herança de Ricardo Teixeira, não estava funcionando.
Ronaldo e Bebeto sequer chutaram em gol. Tampouco Aldo Rebelo, ministro do Esporte. Apatia geral, os poucos movimentos feitos foram perdidos no espaço sem progressão. Cartão amarelo também para José Maria Maurin, presidente da CBF.
Não chutaram. Tanto assim que as obras dos estádios, a começar pelo Maracanã, Estádio Mario Filho, encontram-se atrasadas. E muito. Pois é preciso levar em conta que, antes de 2014, está programada para 2013, ano que vem, a Copa das Confederações. Falta pouco mais de doze meses para se realizar. Vexame internacional enorme se os campos não ficarem prontos a tempo. A presidente da República está política e administrativamente comprometida com a data. Aliás as datas.
A tradicional atitude do deixa para amanhã está predominando relativamente aos trabalhos. Não houve sequer critério adequado de seleção quanto às empreiteiras contratadas. Influências sombrias principalmente em torno do Maracanã. A presença da Delta, envolvida em tantas confusões, atesta a desorientação da equipe responsável pelo destino das duas Taças.
Excelente reportagem de Deborah Berlinck, O Globo de quarta-feira expôs todo o impasse à opinião pública. Foto de Fabrice Cofrini acompanha a matéria. A desorganização do Comitê Organizador é tão grande que a presidente da República nomeou Luís Fernandes, secretário executivo do Ministério do Esporte para presidir o grupo que, agora, pela vontade da chefe do Executivo passa a ser de trabalho e ação. Não de omissão.
Vale dizer que era difícil o Comitê se organizar. Ronaldo Fenômeno, no momento, é empresário de espetáculos esportivos, incluindo as lutas de ultimate combat. Como conciliar seus múltiplos interesses empresariais com os interesses do país num acontecimento da dimensão da Copa do Mundo? Uma pergunta incômoda.
Bebeto é deputado estadual no Rio de Janeiro. Inclusive Ronaldo e Bebeto, inevitavelmente, defrontam-se com problemas de tempo para trabalhar no Comitê que, no momento, lhes foge das mãos. Aldo Rebelo foi igualmente ultrapassado pela escalação de Luís Fernandes. Este estava subordinado a ele, era a segunda pessoa do Ministério do Esporte. Agora passou a ser a primeira.
Rebelo sofreu rebate em matéria de hierarquia, sobretudo porque, segundo Deborah Berlinck, Dilma coloca toda a sua confiança no desempenho de Fernandes. Não na atuação do próprio ministro da pasta. Ronaldo Fenômeno e Bebeto, a meu ver, devem pedir demissão.
Por atitude política reflexiva foram considerados inaptos ou então pouco empenhados na tarefa que lhes foi atribuída. Não deram qualquer opinião ao longo dos meses em que foram nomeados por Ricardo Teixeira. Ronaldo Fenômeno limitou-se a aparecer em lances publicitários, usando sua imagem – pelo menos Ricardo Teixeira julgava assim – para cobrir a ausência de Pelé, adversário político do ex presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Como ficou nítido numa tarde de sábado, Hotel Windsor, Barra da Tijuca, quando foram sorteadas as chaves para 2014.
O mal estar tornou-se evidente. Dilma Roussef queria distância de Ricardo Teixeira. Pelé, é claro, percebeu. Ele e milhões de pessoas que acompanharam o confronto sem bola pela televisão. Mas a partir desta semana, um novo panorama se descortina. Uma alvorada realista surge para as Copas de 2013 e2014. Vamos ver.
Cartão amarelo para os apontados no título, sem dúvida, advertência constrangedora. A presidente Dilma Roussef agiu correta e oportunamente ao decretar a intervenção do Palácio do Planalto no Comitê Organizador da Copa do Mundo. Até agora ele não conseguiu organizar nada. Herança de Ricardo Teixeira, não estava funcionando.
Ronaldo e Bebeto sequer chutaram em gol. Tampouco Aldo Rebelo, ministro do Esporte. Apatia geral, os poucos movimentos feitos foram perdidos no espaço sem progressão. Cartão amarelo também para José Maria Maurin, presidente da CBF.
Não chutaram. Tanto assim que as obras dos estádios, a começar pelo Maracanã, Estádio Mario Filho, encontram-se atrasadas. E muito. Pois é preciso levar em conta que, antes de 2014, está programada para 2013, ano que vem, a Copa das Confederações. Falta pouco mais de doze meses para se realizar. Vexame internacional enorme se os campos não ficarem prontos a tempo. A presidente da República está política e administrativamente comprometida com a data. Aliás as datas.
A tradicional atitude do deixa para amanhã está predominando relativamente aos trabalhos. Não houve sequer critério adequado de seleção quanto às empreiteiras contratadas. Influências sombrias principalmente em torno do Maracanã. A presença da Delta, envolvida em tantas confusões, atesta a desorientação da equipe responsável pelo destino das duas Taças.
Excelente reportagem de Deborah Berlinck, O Globo de quarta-feira expôs todo o impasse à opinião pública. Foto de Fabrice Cofrini acompanha a matéria. A desorganização do Comitê Organizador é tão grande que a presidente da República nomeou Luís Fernandes, secretário executivo do Ministério do Esporte para presidir o grupo que, agora, pela vontade da chefe do Executivo passa a ser de trabalho e ação. Não de omissão.
Vale dizer que era difícil o Comitê se organizar. Ronaldo Fenômeno, no momento, é empresário de espetáculos esportivos, incluindo as lutas de ultimate combat. Como conciliar seus múltiplos interesses empresariais com os interesses do país num acontecimento da dimensão da Copa do Mundo? Uma pergunta incômoda.
Bebeto é deputado estadual no Rio de Janeiro. Inclusive Ronaldo e Bebeto, inevitavelmente, defrontam-se com problemas de tempo para trabalhar no Comitê que, no momento, lhes foge das mãos. Aldo Rebelo foi igualmente ultrapassado pela escalação de Luís Fernandes. Este estava subordinado a ele, era a segunda pessoa do Ministério do Esporte. Agora passou a ser a primeira.
Rebelo sofreu rebate em matéria de hierarquia, sobretudo porque, segundo Deborah Berlinck, Dilma coloca toda a sua confiança no desempenho de Fernandes. Não na atuação do próprio ministro da pasta. Ronaldo Fenômeno e Bebeto, a meu ver, devem pedir demissão.
Por atitude política reflexiva foram considerados inaptos ou então pouco empenhados na tarefa que lhes foi atribuída. Não deram qualquer opinião ao longo dos meses em que foram nomeados por Ricardo Teixeira. Ronaldo Fenômeno limitou-se a aparecer em lances publicitários, usando sua imagem – pelo menos Ricardo Teixeira julgava assim – para cobrir a ausência de Pelé, adversário político do ex presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Como ficou nítido numa tarde de sábado, Hotel Windsor, Barra da Tijuca, quando foram sorteadas as chaves para 2014.
O mal estar tornou-se evidente. Dilma Roussef queria distância de Ricardo Teixeira. Pelé, é claro, percebeu. Ele e milhões de pessoas que acompanharam o confronto sem bola pela televisão. Mas a partir desta semana, um novo panorama se descortina. Uma alvorada realista surge para as Copas de 2013 e2014. Vamos ver.
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