quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CUBA - Mais uma vez, maioria vota contra o embargo dos EUA.

Maioria esmagadora na ONU vota contra embargo dos EUA a Cuba   

 Apoio só dos EUA e seu capacho Israel.



Já virou um ritual todos os anos e que se repete neste. Também esta 69ª Assembleia Geral da ONU, aberta no mês passado, votou uma resolução para por sim ao embargo econômico estadunidense imposto à Cuba há mais de meio século. Também esta resolução não entrará em vigor porque será vetada pelos Estados Unidos, um dos cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança permanente da ONU.

O ritual de apresentação e votação da resolução para suspender o embargo se repetiu pela 23º agora e o placar foi, de novo, recorrente: 188 votos países votaram a favor do fim do bloqueio, três se abstiveram – Micronésia, Palau e Ilhas Marshall – e apenas dois, Estados Unidos e seu fidelíssimo aliado, Israel, votaram contra.  votaram contra. Vale lembrar que desde 1993, quando o embargo começou a ser questionado pela ONU, Israel e os EUA votam a favor da continuidade das restrições econômicas e comerciais.

Há 53 anos Cuba sofre com as restrições impostas pelos EUA e sobrevive mantendo seus padrões de educação e saúde com escassos recursos. Em discurso na Assembleia Geral deste ano o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, denunciou que o embargo produziu danos econômicos acumulados que totalizam mais de US$ 1 trilhão e que os custos humanos do bloqueio não param de crescer. “Já são 77% os cubanos que nasceram sob estas circunstâncias. O sofrimento de nossas famílias não pode ser contabilizado”, declarou Rodríguez.

Custos do bloqueio não param de crescer

Os danos causados vão além da perda financeira. O embargo é sentido em todos os âmbitos da vida do cidadão cubano. O bloqueio atinge o povo de maneira muito profunda do ponto de vista social. A falta de acesso a tratamentos médicos – como o de crianças com câncer da retina e outros -  ou as dificuldades de aquisição de equipamentos e tecnologia causam um impacto negativo imensurável ao país. Só a dificuldade de acesso a materiais básicos para educação especial, afeta mais de 22 mil 800 alunos na ilha.

O chanceler lembrou que além das várias convenções internacionais que proíbem medidas como as impostas por Washington, a ilha caribenha já conta com amplo apoio à suspensão do embargo na comunidade internacional e majoritariamente até em “todos os setores da sociedade americana” uma vez que o bloqueio “prejudica Cuba, mas prejudica também os Estados Unidos”.

“Convidamos o governo dos Estados Unidos a uma relação mutuamente respeitosa, sobre bases recíprocas, baseada na igualdade soberana, nos princípios do Direito Internacional e na Carta das Nações Unidas”, afirmou o chanceler cubano, que pediu cooperação para “encontrar soluções às diferenças”.

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