quinta-feira, 30 de outubro de 2014

POLÍTICA - Fraude na pesquisa visou debate da Band.

A fraude na pesquisa visou debate da Band. O MP quer saber?

30 de outubro de 2014 | 14:50 Autor: Fernando Brito
leonard
Como este blog não pratica os métodos da Veja, não vai escrever que “Aécio sabia de tudo” diante da fraude revelada com a “pesquisa” Veritá que dava Aécio Neves como vencedor em Minas Gerais, como revelou hoje o repórter Ricardo Mendonça, da Folha.
Vai dizer, apenas, que todos os três mencionados sabiam da fraude que estavam propagando.
A pesquisa, registrada no TSE sob o número BR-01067/2014 foi “contratada”, pelo menos formalmente,  pelo próprio Veritá,  embora o estatístico Leonardo diga que  o verdadeiro comprador dos dados foi ocultado porque “o contratante [real] não quis aparecer”.
Diante disso, a primeira providência a exigir é que o Tribunal Superior Eleitoral dê a conhecer os dados da nota fiscal de contratação que, pela lei eleitoral, deve (ou deveria) ser apresentada no ato de registro de pesquisa ( inciso VII do art. 33 da Lei Eleitoral, a 9,504.).
Todos eles sabiam, porque está público e registrado, que a pesquisa se restringia a 9 dos 853 municípios mineiros, ou 1% das cidades do Estado.
O estatístico Leonard Assis,  diz que a trampa foi pedida pelo marqueteiro, ao qual deu nome e sobrenome: Paulo Vasconcellos.
Assis tem uma prova de peso a seu favor: denunciou isso em seu twitter no dia 14 de outubro, muito antes, portanto, da eleição, dizendo que era para uso no debate da Band, naquele mesmo dia.
Paulo Vasconcelos diz ter apenas reproduzido a nota do jornalista Orion Teixeira, do Hoje em Dia, cujo diretor, Ricardo Galuppo, diz ter recebido os dados do próprio Veritá.
É interessante notar, se isso não for um bolivarianismo inimigo da liberdade de imprensa, que a lei prevê cadeia para quem faz pesquisa fajuta e para quem a divulga, pouco importa se jornalista ou marqueteiro.
Não parece ser necessário ser nenhum Hercule Poirot para imaginar que o nosso sonolento Ministério Público devesse interroga-los, acareá-los e, dependendo das informações, pedir a quebra do sigilo telefônico e bancário dos personagens do Veritá.
Ou será que isso é pedir demais aos nossos valorosos procuradores da República?
Eu fiz a minha parte. As provas estão todas nos links.
Mastigadinho e grátis para nosso sonolento MP.
PS. Assis retirou sua página no Twitter após a publicação deste post. É inútil. Foi devidamente copiada e está retuitada em várias outras.

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