quinta-feira, 30 de outubro de 2014

POLÍTICA - E não acontece nada.

Campanha de Aécio fraudou números de pesquisa. E daí? Daí, nada, ora…

  Autor: Fernando Brito
fraudeminas
Enquanto Suas Excelências, os ministros do TSE, aplicam seu tempo, seu esforço e nosso dinheiro em sofisticadas e caríssimas máquinas de identificação biométrica e em obrigar a “Veja” a dar “direito de resposta” só durante a madrugada, onde quase não se acessa o seu site, a fraude eleitoral campeia solta e impune no Brasil.
Tão solta e impune que seus participantes não se acanham dar entrevistas sobre o assunto nos jornais. como fazem hoje à Folha os estatísticos do tal instituto Veritá (mais propriamente, Inveritá), dizendo que os números divulgados, em nome da empresa, pela campanha de Aécio Neves não guardavam qualquer valor estatístico.
Está lá, na edição da Folha de hoje, em matéria do repórter Ricardo Mendonça:
“Informações de uma pesquisa de intenção de voto do instituto Veritá usadas na propaganda de segundo turno do tucano Aécio Neves são comprovadamente enganosas.Quem confirma é o próprio dono do instituto que fez o levantamento, Adriano Silvoni. E também o estatístico responsável pelas pesquisas do Veritá, Leonard de Assis.”
Dizem eles que o publicitário Paulo Vasconcelos, responsável pela propaganda de Aécio, “pediu para que o Veritá fornecesse os dados das entrevistas feitas só em Minas”, que não seriam amostra válida para o Estado.
E os dois, bonzinhos, os deram dizendo -“olha lá, Paulinho, isso não vale, viu?”.
“Eles não podiam usar nesse contexto”, diz Assis. “Nós avisamos [...] Usou na garganta. Não representa Minas. Não é o real cenário do Estado.”
Que lindo!
O publicitário diz que divulgou o que saiu no jornal Hoje em Dia, cujo editor diz que as recebeu do Veritá, mas não sabe como.
E a pesquisa, quem contratou?
Diz o estatístico que ela aparece como o Veritá sendo contratado por si mesmo, porque “o contratante não queria aparecer”.
A história desta fraude está rolando na internet, com declarações dos próprios envolvidos, sem que nenhuma ação tenha sido tomada no âmbito judicial.
Suas Excelências, como aquela santa que protegia lugarem bem pouco santos, olham, impávidos, mais preocupados em que Joaquim não vote no lugar do Manoel, com as urnas biométricas, bem definidas pelo presidente do TRE do Rio como “a solução de um problema que não existia” .
Fraudar pesquisas eleitorais é crime, que dá de seis meses a um ano de cadeia.
Mas parece que o MP e a Justiça não levam muito a sério esta lei, não é?

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