Militares vão prestar continência a LULA? “Lógico”, respondeu o comandante da FAB
31/01/2022“Nós prestaremos continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas, sempre“, disse Carlos de Almeida Baptista Junior
“Como comandante da FAB, sempre ratifiquei a posição apartidária da Força. Uma coisa é falar de política, outra é de política partidária“, diz Carlos de Almeida Baptista Junior. “Nós prestaremos continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas, sempre“, respondeu à indagação da Folha de S. Paulo sobre a saudação militar a LULA, que será o provável próximo presidente do Brasil.
A entrevista de Baptista Junior ao jornal pode ser interpretada como uma saudação de todos os militares a LULA, diante da inevitabilidade óbvia de seu favoritismo após o país ser praticamente arruinado por seus futuros antecessores.
Com relação a uma tensão eleitoral em 2022, e a eventual mudança total de orientação do próximo governo, o comandante da FAB receia “que nossa sociedade esteja muito dividida, muito polarizada e radical. Isso é ruim para o futuro, estamos chegando a um nível de incapacidade de compreender uma visão diferente, e isso se reflete na disputa política“, respondeu Baptista Junior.
Ele acrescenta que “a FAB, e as Forças, tenho certeza, se manterão dentro de sua destinação constitucional. Não tomarão partido, a política não entrará nos nossos quartéis. Não há qualquer indução por parte do comando da FAB. Como cidadão, vejo com preocupação como estamos radicalizados, isso não é bom“.
Na sequência, o comandante é perguntado se “objetivamente, vocês vão prestar continência se Lula ou qualquer outro for presidente? E a resposta: “Lógico. Nós somos poder do Estado brasileiro. A continência é um símbolo. Quando a gente entra nas Forças Armadas, a gente aprende que ela visa a autoridade. Nós prestaremos continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas, sempre”.
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