Jornal GGN - O general reformado Nilton de Albuquerque Cerqueira , 84, conhecido por ter comandado militares em casos como o Riocentro e a Operação Pajussara, disse na manhã desta terça (29), durante depoimento monossilábico à Comissão Nacional da Verdade, que acha um absurdo que esses episódios sejam investigados "30 anos depois" de ocorridos.
Sem permitir que a imprensa acompanhasse o depoimento, Cerqueira foi questionado por cerca de 15 minutos. Dez perguntas foram feitas com o objetivo de saber de sua participação durante a ditadura militar. Algumas, com base em ordens assinadas pelo próprio general. Diante das exposições, ele disse que não tinha "nada a declarar".
De acordo com membros da CNV, Cerqueira só falou mesmo em dois momentos: primeiro, quando disse que a mídia "distorce fatos", e pediu que os jornalistas presentes se retirassem. Depois para reclamar da insistencia da Comissão em revisitar e apurar os abusos cometidos durante os anos de chumbo.
O militar é investigado pelo Ministério Público Federal. Na Operação Pajussara, ele comandou os homens que conseguiram encontrar e acabar com a vida do militante Carlos Lamarca, em 1971, na Bahia. Em 1981, o major guiou os trabalhos da Polícia Militar no atentado ao Riocentro.
Com O Estado de S. Paulo
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