terça-feira, 29 de julho de 2014

POLÍTICA - Até a Marina percebe a campanha raivosa e de ódio dos tucanos.

O adversário do momento é o Aécio Never. Tem que passar por ele se quiser disputar com a Dilma.

Marina diz que campanha de Aécio sinaliza “mudança raivosa e conservadora”


Rodrigo Rodrigues, Terra Magazine

'Candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva (PSB-Rede) afirmou nesta segunda-feira (28) que a campanha do tucano Aécio Neves (PSDB) sinaliza aos eleitores uma “mudança raivosa e conservadora”.

Em caminhada em Osasco, na Grande São Paulo, a ambientalista voltou a dizer que o PT e PSDB são faces contrárias de uma mesma moeda, que apenas querem destruir o que o outro partido construiu.

“A candidatura de Eduardo Campos é que sinaliza a mudança de verdade, a transformação de qualidade. Não é a mudança raivosa e conservadora, que quer
jogar na lata do lixo tudo que se conquistou. Mas também não é a situação complacente que acha que está tudo bem, mesmo quando temos a volta da inflação, juros altos, péssimo atendimento público de Saúde e Educação”, declarou a candidata.
Em mais uma metáfora ambiental, Marina Silva valeu-se da comparação entre a polarização entre PT, PSDB e o leito de um rio para dizer que só a campanha do PSB oferece oportunidade de reflexão sobre avanços do passado e do futuro.

“A sociedade já sabe que tem duas barrancas de rio obrigando-a sempre a caminhar pelo mesmo leito. Até hoje o PT e o PSDB obrigam as pessoas a fazerem uma coisa ou outra. Eu e Eduardo estamos
trabalhando com o conceito da escolha. E a escolha precisa ser construída olhando para o nosso programa, propostas, trajetórias e compromissos para mudar o Brasil. Mas é mudar o Brasil com qualidade, não dando um passo atrás. É um passo adiante para não ficar estagnado com Dilma, nem dar um passo para trás com Aécio. É dar um passo à frente com Eduardo presidente. Até rimou…”, brincou Marina Silva.

Marina e Eduardo Campos participaram na manhã desta segunda-feira do lançamento de uma “Casa de Eduardo e Marina” na cidade de Osasco. As unidades são pontos voluntários de distribuição de material de campanha, onde o dono da casa se compromete a divulgar a candidatura voluntariamente e sem receber dinheiro por isso.

A ideia foi copiada da campanha de 2010, onde Marina valeu-se da iniciativa para driblar a falta de recursos e mobilização partidária.

Na saída da casa de Osasco, entretanto, o dono sugeriu na gravação de um vídeo para a campanha que estaria “levando unzinho” (dinheiro) para abrir as portas da casa para os dois presidenciáveis.

A ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula disse que a situação foi um equívoco e pediu que os assessores da Rede apurassem o ocorrido.

“Não trabalho dessa forma, nunca fizemos esse tipo de coisa e isso nem pode ocorrer de acordo com a lei. Obviamente que uma pessoa simples, do povo, nós temos que entender o universo cultural que ela tem e a visão que tem de política. (…) Infelizmente eles estão acostumados com o padrão das campanhas como são feitas por muitos segmentos. No nosso caso não há nenhuma possibilidade [de pagarmos militância]. Qualquer coisa dessa natureza é inteiramente inaceitável do ponto de vista político e legal.”, justificou Marina Silva."

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