terça-feira, 22 de julho de 2014

UCRÂNIA - E os satélites?

Ucrânia: o que os média não dizem. E os satélites?

Sanguessugado do Informação Incorrecta
Max
Nestes dias após a queda do avião da Malaysia Airlines é possível encontrar qualquer tipo de notícia na internet.
"Provas" ou alegadas tais circulam sem parar. E aqui surgem algumas reflexões do médico e ex político americano Ron Paul:
Poucos dias depois do trágico acidente do voo da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, os políticos e os meios de comunicação ocidentais uniram-se para obter o máximo lucro da propaganda do desastre. Foi a Rússia; foi Putin, segundo eles. O Presidente Obama realizou uma conferência de imprensa para acusar - mesmo antes de uma investigação qualquer - que os responsáveis eram os rebeldes pró-Rússia. O embaixador na ONU, Samantha Power, fez o mesmo no Conselho de Segurança das Nações Unidas, apenas um dia após o acidente!
Enquanto os meios de comunicação ocidentais são rápidos em repetir a propaganda do governo acerca do evento, há algumas coisas que não dizem.
Não informam que a crise na Ucrânia começou no final do ano passado, quando os manifestantes apoiados pelos Estados Unidos e a União Europeia provocaram o derrube do presidente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych. Sem uma "mudança de regime" patrocinada, é pouco provável que centenas de pessoas teriam sido mortas nos tumultos que se seguiram. Nem o incidente Malaysia Airlines teria acontecido.
Os meios de comunicação informaram que o avião deve ter sido abatido pelas forças russas e separatistas pró-Rússia, porque o míssil usado para derrubar o avião era russo. Mas não informam que o governo ucraniano também usa as mesmas armas de fabricação russa.
Não informaram que o governo pós-golpe de Kiev, de acordo com observadores da OSCE, matou 250 pessoas na região separatista da Lugansk desde Junho, incluindo 20 vitimadas pelas forças do governo de Kiev que bombardearam o centro da cidade um dia após o acidente de avião. A maioria destes eram civis e, juntos, perfazem quase o número de mortes do acidente de avião. Pelo contrário, a Rússia não matou ninguém na Ucrânia, e os separatistas têm atingidos alvo militares, e não civis.
Não informam que os Estados Unidos têm apoiado fortemente o governo ucraniano nos ataques contra os civis, que um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA descreveu como "comedidos e moderados."
Não informam que nem a Rússia nem os separatistas no leste da Ucrânia não tem nada a
ganhar, mas tudo a perder com o abate dum avião cheio de civis.
Não informaram que o governo ucraniano tem muito a ganhar atirando as culpas do ataque para a Rússia, e que o primeiro-ministro da Ucrânia já expressou a felicidade pelo facto da Rússia ter sido culpada pelo ataque.
Não informaram que o míssil que derrubou o avião aparentemente veio de um sofisticado sistema de mísseis superfície-ar, que requer uma boa quantidade de treino que os separatistas não têm.
Não informam que os separatistas da Ucrânia oriental infligiram pesadas perdas ao governo ucraniano na semana antes do avião ser abatido.
Não realçam como semelhante foi o caso dos EUA, no Verão passado, quando culpou o governo de Assad na Síria para o uso de gás venenoso contra os civis em Ghouta. Assad estava a ganhar vantagem na luta contra os rebeldes apoiados pelos Estados Unidos, e afirmou que o ataque não tinha vindo das posições das forças governamentais sírias. Em seguida, a propaganda dos Estados Unidos nos trouxeram à beira duma nova guerra no Oriente Médio. No último minuto, a oposição pública obrigou Obama a recuar, e então percebemos que as declarações do governo dos EUA sobre o ataque do gás eram falsas.
Claro, que é perfeitamente possível que o governo Obama e o governo dos EUA tenham visto justo desta vez, e os separatistas da Ucrânia Oriental ou a Rússia podem ter disparado intencionalmente ou não contra a aeronave. A verdadeira questão é que é muito difícil obter informações precisas com toda essa propaganda. Neste ponto, não é sensato afirmar que foram os russos fizeram, foi o governo ucraniano, foram os rebeldes. É tão difícil exigir uma simples e verdadeira investigação?
Provavelmente é o que irá acontecer: uma comissão de investigação que será motivo de outros choques, trocas de acusações, suspeitas, omissões.
Sobra uma dúvida.
Sabemos que no espaço, bem perto de nós, há uma série de satélites-espia com invulgares capacidades de observação. Não "observam" apenas o visível, mas também o que o olho humano não consegue ver, como os rastos térmicos. Estes satélites são americanos, russos, chineses. E de certeza que uma zona "quente" como aquela oriental da Ucrânia está sob uma observação particularmente apertada.
Já é difícil acreditar que um avião possa desaparecer no nada sem que nenhum destes satélites possa ter observado alguma coisa. Mas que um avião civil seja abatido em plena zona de guerra sem que ninguém possa mostrar o que os tais satélites observaram, bom, isso é simplesmente surreal.
Eis uns exemplos do que um satélite-espia pode detectar:
  • Fotografia de alta resolução
  • Comunicações criptografadas
  • Comunicações secretas.
  • Detecção de testes nucleares proibidos.
  • Detecção de lançamento de mísseis.
  • Rastreamento veloz

Eis a lista dos Países que dispõem de satélites-espia:
  • Estados Unidos
  • União Soviética
  • China
  • Alemanha
  • França
  • Reino Unido
  • Índia
  • Iran
  • israel
  • Japão
  • Egipto
  • Coréia do Sul

É possível compreender que alguns destes Países não tenham apontados os sensores para a Ucrânia. Mas os outros?
Ipse dixit.
Fonte: Ron Paul Institute

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