terça-feira, 29 de julho de 2014

MASSACRE DOS PALESTINOS - Do inferno de Gaza!

Do inferno de Gaza!

Do inferno de Gaza!

Partilho essa carta sofrida, de um cirurgião que está em Gaza, datada de anteontem, 21 de julho.
Email do cirurgião noruegues Mads Gilbert do Hospital Shifa, em Gaza.


Caros amigos,


A última noite foi um estado extremo. A '"invasão de terras" de Gaza deixou dezenas de mutilados, sangrando, tremendo, morrendo - todos os tipos de palestinos feridos, de todas as idades, todos civis, todos inocentes.
Os heróis em ambulâncias e em todos os hospitais em Gaza estão trabalhando em turnos de 12-24 horas, com fadiga e desumanas cargas de trabalho (todos sem pagamento pelo hospital por 4 meses), eles cuidam, fazem triagem de emergência, tentar descobrir algo no caos incompreensível dos ferimentos, dos corpos, órgãos, dimensões... São seres humanos que caminham, que não andam, que respiram, que não respiram, que sangram e que não sangram... São seres humanos!
Agora, mais uma vez tratados como animais pelo "exército mais moral do mundo" (sic).
Meu respeito pelos feridos é infinito, na sua determinação contida no auge da dor, agonia e choque; a minha admiração pela equipe e voluntários é infinita, minha proximidade com o "Sumud" [resiliência] palestinense me dá força, mesmo que pareça que apenas eu quero gritar, ser alguém mais próximo, chorar, sentir o cheiro da pele e do cabelo dos bebês quentes, cobertos de sangue, proteger-nos em um abraço sem fim - mas não podemos permitir isso, nem eles.
Rostos, corpos cinzas... - Oh não! Não outra carga de dezenas de mutilados e ensanguentados, ainda temos poças de sangue no pavimento de emergência, pilhas de bandagens ensangüentadas pingando para varrer - oh – produtos de limpeza, tudo misturado com sangue, tecidos humanos, cabelos... - as sobras de morte – tudo deve ser levado daqui e logo, repete-se como se fosse apenas o começo de tanta dor ... Mais de 100 casos chegaram ao Hospital Shifa nas últimas 24 horas, se fosse grande hospital bem equipado, mas aqui , quase nada - electricidade, água, equipamentos descartáveis, medicamentos ou tabelas, instrumentos, monitores - tudo enferrujado e como se trazido de museus de hospitais antigos. Mas não se queixam esses heróis. Eles continuam, como guerreiros, de cabeça baixa, imensamente resolutos.
E enquanto eu escrevo estas palavras, sozinho, em uma cama, minhas lágrimas estão fluindo, mas inúteis, de dor e tristeza, raiva e medo. Isso não está acontecendo!
E aqui, neste momento, a orquestra da máquina de guerra israelense recomeça a sua sinfonia macabra, agora mesmo: salvas de artilharia dos navios da marinha vêm da praia, o F16 que ruge, drones nauseantes (em Zennanis Árabe ''), e os apaches que criam o caos. Tudo feito e pago pelos Estados Unidos.
Obama - você tem um coração?
Convido-te - passa uma noite - só uma noite – conosco no Hospital Shifa. Disfarçados como funcionários da limpeza, talvez. Estou 100% convencido de que iria mudar a história. Ninguém com um coração e poder poderia ficar longe de uma noite no hospital Shifa, sem determinar o fim ao massacre do povo palestino.
Mas sem coração e sem pidade fizeram seus cálculos e planejaram outro assalto "dahyia" [a doutrina desenvolvida pela israelense Gadi Eizenkot Geral de infligir o maior sofrimento para a população civil como método de dissuasão em Gaza.
Os rios de sangue continuarão a fluir pela noite que vem. Eu posso sentir que estão sintonizados como instrumentos de morte.
Por favor. Faça o que puder. Isso, isso não pode continuar.
Do inferno de Gaza! Partilho essa carta sofrida, de um cirurgião que está em Gaza, datada de anteontem, 21 de julho.   Email do cirurgião noruegues Mads Gilbert do Hospital Shifa, em Gaza.  Caros amigos,  A última noite foi um estado extremo.  A '"invasão de terras" de Gaza deixou dezenas de mutilados, sangrando, tremendo, morrendo - todos os tipos de palestinos feridos, de todas as idades, todos civis, todos inocentes.  Os heróis em ambulâncias e em todos os hospitais em Gaza estão trabalhando em turnos de 12-24 horas, com fadiga e desumanas cargas de trabalho (todos sem pagamento pelo hospital por  4 meses), eles cuidam, fazem triagem de emergência, tentar descobrir algo no caos incompreensível dos ferimentos, dos corpos, órgãos, dimensões... São seres humanos que caminham, que não andam, que respiram, que não respiram, que sangram e que não sangram... São seres humanos!  Agora, mais uma vez tratados como animais pelo "exército mais moral do mundo" (sic). Meu respeito pelos feridos é infinito, na sua determinação contida no auge da dor, agonia e choque; a minha admiração pela equipe e voluntários é infinita, minha proximidade com o "Sumud" [resiliência] palestinense me dá força, mesmo que pareça que apenas eu quero gritar, ser alguém mais próximo, chorar, sentir o cheiro da pele e do cabelo dos bebês quentes, cobertos de sangue, proteger-nos em um abraço sem fim - mas não podemos permitir isso, nem eles.  Rostos, corpos cinzas... - Oh não! Não outra carga de dezenas de mutilados e ensanguentados, ainda temos poças de sangue no pavimento de emergência, pilhas de bandagens ensangüentadas pingando para varrer - oh – produtos de limpeza, tudo misturado com sangue, tecidos humanos, cabelos... - as sobras de morte – tudo deve ser levado daqui e logo, repete-se como se fosse apenas o começo de tanta dor ...  Mais de 100 casos chegaram ao Hospital Shifa nas últimas 24 horas, se fosse grande hospital bem equipado, mas aqui , quase nada -  electricidade, água, equipamentos descartáveis, medicamentos ou tabelas, instrumentos, monitores - tudo enferrujado e como se trazido de museus de hospitais antigos. Mas não se queixam esses heróis. Eles continuam, como guerreiros, de cabeça baixa, imensamente resolutos.  E enquanto eu escrevo estas palavras, sozinho, em uma cama, minhas lágrimas estão fluindo, mas inúteis, de dor e tristeza, raiva e medo. Isso não está acontecendo!  E aqui, neste momento, a orquestra da máquina de guerra israelense recomeça a sua sinfonia macabra, agora mesmo: salvas de artilharia dos navios da marinha vêm da praia, o F16 que ruge, drones nauseantes (em Zennanis Árabe ''), e os apaches que criam o caos. Tudo feito e pago pelos Estados Unidos.  Obama - você tem um coração?  Convido-te  - passa uma noite - só uma noite – conosco no Hospital Shifa. Disfarçados como funcionários da limpeza, talvez. Estou 100% convencido de que iria mudar a história. Ninguém com um coração e poder poderia ficar longe de uma noite no hospital Shifa, sem determinar o fim ao massacre do povo palestino.  Mas sem coração e sem pidade fizeram seus cálculos e planejaram outro assalto "dahyia" [a doutrina desenvolvida pela israelense Gadi Eizenkot Geral de infligir o maior sofrimento para a população civil como método de dissuasão em Gaza.  Os rios de sangue continuarão a fluir pela noite que vem. Eu posso sentir que estão sintonizados como instrumentos de morte.  Por favor. Faça o que puder. Isso, isso não pode continuar.

Convidamos o Dr. Vitor Buaiz, médico, faz parte da comunidade Sírio-Libanesa no ES , Ex governador do ES para fazer um  Comentário sobre a manifestação do porta voz de Israel em relação
ao protesto do governo brasileiro sobre o desproporcional massacre
sobre a população palestina em Gaza.
a) declaração intempestiva, grosseira e anti-ética contra um país
    que foi um dos que apoiou a criação do estado de israel na
    histórica reunião da Assembléia Geral da ONU
b) se é pra falar de futebol, até agora o placar em nº de mortos
    está em 1046 entre palestinos contra apenas 46 entre os judeus
c) será que Israel se esqueceu do holocausto e está querendo
    equiparar o placar ao dos nazistas?
d) lembrando que, alem do muro que isola os palestinos do resto
    do país, seus territórios estão ocupados por soldados israelenses
    desde a 1@ Intifada(greve do comércio árabe) em meados dos anos 80.
e) comida e remédio só entram em Gaza com autorização do governo de israel.
f) queremos a Paz no Oriente Médio e que Israel respeite o direito de
   os palestinos terem seu Estado livre e soberano, sem qualquer restrição no ir e vir, como determina a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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