Autor: Alex Prado
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A
engenheira metalúrgica e socióloga Michelle Daher Vieira vai completar
10 anos como funcionária da Petrobrás, agora em abril, onde trabalha
como analista de comercialização e logística, na diretoria de
abastecimento. Tem orgulho do seu emprego. E teve coragem de desmentir
uma reportagem publicada em O Globo, em 15 de fevereiro, que usou foto
sua retirada do facebook, para tentar provar uma rotina de medo e tensão
entre os funcionários.
Michelle
ficou sabendo da reportagem, através de uma amiga, apenas na
quarta-feira de cinzas. E decidiu que não iria ficar calada. Escreveu
uma carta que foi enviada ao jornal e à jornalista que assinou a
matéria. Até agora, sem resposta. Mas também postou seu desabafo em sua
página no facebook, que logo ganhou repercussão.
Michelle
conta que decidiu escrever a carta porque está cansada de ver os
empregados da Petrobrás sofrendo injustiças e hostilidades, como se
todos os quase 90 mil funcionários da empresa fizessem parte da
quadrilha que levou à atual crise. E esta percepção, segundo ela é
estimulada pela grande mídia, especialmente O Globo, como escreveu em
sua carta: “o negócio do jornal é falar mal, é dar uma conotação
negativa, denegrir a empresa na sua jornada diária de linchamento
público da Petrobras. Não é de hoje que as Organizações Globo tem
objetivo muito bem definido em relação à Petrobras: entregar um
patrimônio que pertence à população brasileira à interesses privados
internacionais”.
As
fotos utilizadas pelo jornal, foram feitas por sua irmã, Simone. Elas
retratam um grupo de funcionários que tiveram a iniciativa de criar o
movimento “Eu sou Petrobrás”, para demonstrar o orgulho de trabalhar na
empresa.
Sem
filiação partidária, Michele, contudo, tem um discurso politizado, de
uma pessoa que busca a justiça social. Está sim, indignada com o esquema
de corrupção revelado pela operação Lava Jato e quer a punição dos
culpados. Mas quer também mostrar que a Petrobrás não está parada e que
seus funcionários seguem em suas rotinas com responsabilidade e
confiança no futuro da empresa.
“Depois
que publiquei a carta, recebi o apoio de muitos colegas. E senti que as
pessoas estão carentes de que algo seja feito em nossa defesa”,
confidenciou Michelle.
Torcedora
do Vasco da Gama – gosta de ir a jogos -, Michelle curte viagens, praia
e bons livros. Uma vida simples e digna, como a da maioria absoluta dos
empregados da Petrobrás. Este é o seu orgulho!
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