sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

POLÍTICA - Essa é a oposição "ética".

PSDB não assina pedido de criação de CPI sobre caso de contas do HSBC


Foi lido nesta sexta-feira (27) o pedido de criação da CPI para investigar denúncias de contas irregulares feita pelo HSBC. O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), que fez o pedido da CPI, com o apoio de mais 33 senadores, 6 a mais que o mínimo necessário para a criação de uma CPI, denuncia o papel da mídia nacional, que não tem dado a cobertura que exige o escândalo conhecido como Suiçalão. Os senadores do PSDB, Aécio Neves, Aloysio Nunes Ferreira e Álvaro Dias não assinaram o pedido de CPI.



Agência Senado
Para Randolfe Rodrigues,  os grandes veículos de comunicação tem ignorado o escândalo, beneficiando os personagens poderosos envolvidos. Para Randolfe Rodrigues, os grandes veículos de comunicação tem ignorado o escândalo, beneficiando os personagens poderosos envolvidos.
O escândalo envolve a abertura de contas irregulares abertas pelo HSBC para acobertar fortunas de clientes multimilionários, blindando-os de todas as obrigações fiscais e mesmo da comprovação da origem dos recursos, que podem resultar de atividades criminosas.

O caso que veio a público por meio da imprensa internacional “trata-se de um arrojado esquema de acobertamento da instituição financeira, operacionalizado na Suíça, que beneficiou mais de 106 mil correntistas, de mais de 102 nacionalidades, e cuja monta total de recursos manejados às escuras perfaz um cifra superior a U$ 100 bilhões, entre o período de 1998 a 2007, em que 8.667 deste total são de brasileiros”, explic ao senador na justificativa do pedido da CPI.

O Brasil ostenta a 4ª posição em número de pessoas envolvidas, com uma expectativa de mais de U$ 7 bilhões ocultados do Fisco. Para o senador, “a lista dos titulares das contas certamente guarda estreita relação com outras redes de escândalos do grande crime organizado do país e do mundo.”

Randolfe explica que “em tempos de arrocho fiscal e austeridade, é inadmissível que a sanha fiscal recaia tão somente sob os ombros da classe trabalhadora brasileira, enquanto os grandes concentradores de renda se valem de redes criminosas para ocultar suas vultosas riquezas.”

Ele defende que todo o rigor da lei seja aplicado nas situações concretamente identificadas como irregulares, defendendo o papel do parlamento na apuração e publicização da empreitada.

O senador também critica o fato de que “o escândalo do Suiçalão tem sido sistematicamente ignorado pelos grandes veículos de comunicação e essa seletividade, por assim dizer, deixa cristalino o envolvimento de personagens poderosos, que podem sempre se servir da benevolência de setores da imprensa. É bom que se destaque que a Imprensa mundial tem dado o relevo adequado ao trato da questão.”

“A viabilização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, além de dar efetividade à função fiscalizatória constitucionalmente atribuída ao Parlamento, força todos os segmentos da sociedade a pautarem com transparência o escândalo que beneficiou alguns milhares de sonegadores milionários, joga luz sobre os procedimentos investigatórios em curso e mesmo os otimiza, na medida em que é próprio das prerrogativas de comissões desta natureza contar com os poderes próprios das autoridades investigativas”, diz ainda a justificativa da CPI.

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier

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