Celso Amorim diz que imprensa nacional tem obsessão por denegrir a imagem do Brasil
Jornal GGN - Ex-ministro da Defesa Celso Amorim
lança, nos próximos dias, um livro de memória sobre sua passagem pela
chancelaria brasileira, obra intitulada "Teerã, Ramalá e Doha - Memórias
da política externa ativa e altiva".
Em entrevista ao El País, Amorim contou que no livro faz críticas
ao rompimento de suas políticas após a sucessão de Lula por Dilma
Rousseff (PT), mas também disparou contra a imprensa tupiniquim.
Para o ex-chanceler, a imprensa local fez uma cobertura ruim do
caso exposto em seu livro, a respeito da tentativa do Brasil e da
Turquia de mediar a negociação do programa nuclear irariano, em 2010,
que não frutificou.
Segundo Amorim, há uma "obsessão" local, por parte da mídia
nacional, com a imagem do Brasil lá fora. O tratamento depreciativo é
evidente. "Há uma obsessão pelo autodenegrimento na mídia brasileira,
deve ser uma coisa da psicologia coletiva. Eu acho que é pior com o PT,
mas mesmo sem o PT era assim", comentou.
Após deixar o Ministério da Defesa, Amorim decidiu espetar o
governo Dilma, pelo impacto que a economia tem provocado no orçamento da
Pasta. Segundo ele, o corpo diplomático brasileito foi expandido nos
últimos anos e agora enfrenta o contingenciamento de recursos.
A série especial do El País também fala das relações do
ex-chanceler com a presidente Dilma, bem como o perfil mais apropriado
do novo ministro, que consegue driblar melhor o humor da petista. Ela,
durante o primeiro mandato, viajou menos do que Lula ao exterior. Amorim
reclamou que alguns caminhos que ele levou anos para abrir foram
deixados de lado por Dilma. Isso pode representar mais um hiato na
política externa brasileira.
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