sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Bastidores da entrevista do Lula.

 


Bastidores da entrevista de Lula

Tive a honra e alegria de representar o Brasil 247 na entrevista de Lula nesta quarta-feira (19). Num hotel na zona sul de São Paulo, fiquei muito impactado logo ao chegar. Era um cenário efetivamente presidencial.
Olhando o púlpito, pensei que faltava o brasão da República. Não, isso não é um olhar de arrogância ou de “já ganhou”. Mas a constatação de que Lula e sua assessoria entenderam a grandiosidade do momento e da jornada do maior líder da história do país: da fome à Presidência, à prisão política e, segundo indicam as pesquisas, de volta à Presidência.
Veja a foto do cenário armado para a entrevista:
Lula estava bem. Alegre, confiante. Foi assim também que o encontrei na entrevista na cadeia, em Curitiba, em agosto de 2019. Ele é assim, uma pessoa de bem com a vida.
Nas duas entrevistas, ele se emocionou ao falar de sua história e da vida duríssima do povo brasileiro. Chorou. E esse choro estará presente quando ele subir a rampa de novo, em 2023.
Nas duas entrevistas, encantou todo mundo com suas histórias. Lula é o melhor contador de histórias que já vi e ouvi e elas saem com naturalidade, uma atrás da outra. Quem assistiu a entrevista antológica dele ao Podpah no início de dezembro, ficou inebriado, inebriada - já são mais de 8 milhões de visualizações.
Bem, depois da entrevista, Lula convidou os jornalistas para um almoço e lá continuou a contar histórias. Fiz muitas perguntas a ele - na coletiva, fiz duas. Eu queria muito saber do encontro dele com Macron, o presidente francês, em seu arrebatador giro europeu em novembro passado.
Minha questão era: foram Lula e sua equipe que pediram o encontro ou foi de Macron a iniciativa? Porque isso faz toda diferença. Ele não se negou a responder.
Foi Macron quem pediu o encontro! Lula disse que sua equipe não quis solicitar a conversa, para evitar uma recusa, se Macron não quisesse ou pudesse reunir-se. Mas logo à chegada de Lula a Paris, um assessor do presidente francês procurou a equipe de Lula e pediu o encontro. O significado de a iniciativa ter partido de Macron é enorme - um presidente francês pede encontro a um ex-presidente saído da cadeia, sem cargo algum! É excepcional.
Não apenas isso. Lula foi recebido com honra de chefe de Estado por Macron e isso não é figura de linguagem. O encontro ocorreu no Palácio do Eliseu, a sede do governo francês, em Paris. Macron recebeu Lula pessoalmente na entrada do edifício depois do desfile da Guarda Republicana francesa, um protocolo normalmente reservado a chefes de Estado estrangeiros. Veja o impressionante filme aqui.
A conversa durou mais de uma hora. Lula não quis entrar em detalhes sobre a agenda. “Ele falou mal de Bolsonaro?”, perguntou um jornalista no almoço. Lula foi discreto e afastou o tema dizendo apenas: “Macron não gosta de Bolsonaro” -e, com um gesto de mão, encerrou o tema.
Essa pequena história sobre o encontro com Macron não contei na pós-TV 247, reservei pra compartilhar aqui com você.
Além dos jornalistas, participaram do almoço a equipe de comunicação de Lula e mais a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e Franklin Martins, que foi o chefe da Secom no segundo governo Lula e que terá papel chave na campanha. Janja estava lá, claro, ao lado de Lula.
Beijos e abraços, paz e bem
que 2022 prepare um 2023 glorioso para o Brasil!
Mauro Lopes
Editor Executivo e Apresentador da TV 247
maurolopes1612@gmail.com

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