A agência cubana Prensa Latina considerou "uma afronta" o governo dos Estados Unidos recusar a concessão de vistos para que dois de seus jornalistas continuem trabalhando nas Nações Unidas, em Nova York. Os correspondentes são Ilsa Rodríguez Santana e seu marido Tomás Anael Granados Jiménez "cada um com quatro décadas de trabalho na agência cubana", disse uma nota divulgada nesta segunda-feira (29) na internet.
"Prensa Latina denuncia a afronta cometida contra seus dois correspondentes", comentou a nota. Ilsa e Jiménez já representaram a Prensa Latina na Índia, no Zimbábue, na China e, desde 2005, na ONU, em Nova York.
Um documento do Departamento de Estado norte-americano entregue pelo Escritório de Interesses desse país em Havana justificou a medida a partir de uma seção, a 212 F, que autoriza o presidente dos Estados Unidos a negar vistos a pessoas consideradas "prejudiciais" aos interesses nacionais.
Em entrevista à Ansa, Ilsa respondeu à altura. É a primeira vez desde que começou a operar, há quase 50 anos, que a agência cubana recebe uma recusa de visto para algum de seus representantes credenciados na ONU, acusou a jornalista cubana.
Ela também disse que sua credencial para a sede da ONU, igual a de seu marido Jiménez, ainda tem validade até 2009 e denunciou: com a decisão, "as autoridades norte-americanas vão contra o direito ao exercício do jornalismo e desconhece seus deveres como país anfitrião das Nações Unidas".
Os correspondentes afetados pela decisão dos Estados Unidos disseram à Ansa que informaram a Associação de Correspondentes na ONU (Unca, sigla em inglês) sobre o ocorrido. "Dissemos a eles que isto não é só uma agressão contra jornalistas da Prensa Latina — mas também contra o bom exercício do jornalismo", acrescentou Ilsa.
Da Redação, com informações da Agência Ansa.
Fonte: Site O Vermelho.
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