Do blog Diário do Centro do Mundo
Saulo Jagger, meu amigo, me fez uma pergunta: quem é nosso Thatcher?
Ele ficara impressionado com a alegria irreprimível que se espalhara pelo Reino Unido com a notícia da morte de Margaret Thatcher.
Na amostra mais formidável deste ódio, as pessoas levaram uma música velhíssima do Mágico de Oz ao topo da parada de sucessos ao comprá-la obsessivamente: Ding Dong! The Witch is Dead.
Não soube o que responder na hora. A resposta mais óbvia não era a melhor: Serra.
As malvadezas de Serra, como o célebre atentado da bolinha de papel, não são bastantes para credendiá-lo a um ódio nacional tão forte como o dedicado pelos britânicos a Thatcher. Até porque ele não teve poder suficiente para causar estragos.
Mas agora ficou claro para mim quem é nosso Thatcher: é Joaquim Barbosa.
Muitas garrafas de uísque ou de cachaça haverão de ser abertas para comemorar a notícia de sua morte, por mais anos se passem depois que ele saia dos holofotes. No caso de Thatcher, foram cerca de 25 anos.
O que me trouxe o nome de JB à mente para a pergunta de Saulo foi o gesto de abjeta mesquinharia dele de negar mais prazo de recursos aos réus do mensalão.
Ora, a cada dia que passa, crescem as dúvidas em relação ao caso. E estamos falando em penas de vários anos de cadeia.
Mesmo juízes do Supremo que condenaram os réus admitiram que se deve dar mais prazo para os recursos.
Mas Barbosa não: permaneceu agarrado a sua monumental falta de grandeza.
A quem ele agrada assim? À justiça? Talvez não, tantas são as dúvidas em relação ao julgamento.
À Globo?
Com certeza. Mas sabemos todos quais são os reais interesses da Globo: basta olhar para a lista de bilionários da revista Forbes.
Tenho para mim que Barbosa imagina que a bajulação que recebe da Globo, ou da Veja, é suficiente para garantir um bom lugar na posteridade.
Mas é uma ilusão.
Murdoch louvou Thatcher em todos os momentos: em sua chegada ao poder, durante os dias de primeira ministra e na vida pós-Downing Street.
Mas não foi Murdoch que prevaleceu no julgamento popular da era Thatcher. A condenação veio da voz rouca das ruas, que empresa de mídia nenhuma controla, por maior que seja – e o império de Murdoch faz o dos Marinhos parecer a Gazeta de Pinheiros.
Barbosa é a negação do brasileiro tolerante, cordial, simpático, magnânimo.
E exerce o poder que lhe caiu no colo num acaso lastimável com uma severidade e uma impiedade que parecem muito acima de sua competência como magistrado.
É o nosso Thatcher.
Raras vezes alguém atraiu tanta raiva como JB com sua continuada inclemência.
Saulo Jagger, meu amigo, me fez uma pergunta: quem é nosso Thatcher?
Ele ficara impressionado com a alegria irreprimível que se espalhara pelo Reino Unido com a notícia da morte de Margaret Thatcher.
Na amostra mais formidável deste ódio, as pessoas levaram uma música velhíssima do Mágico de Oz ao topo da parada de sucessos ao comprá-la obsessivamente: Ding Dong! The Witch is Dead.
Não soube o que responder na hora. A resposta mais óbvia não era a melhor: Serra.
As malvadezas de Serra, como o célebre atentado da bolinha de papel, não são bastantes para credendiá-lo a um ódio nacional tão forte como o dedicado pelos britânicos a Thatcher. Até porque ele não teve poder suficiente para causar estragos.
Mas agora ficou claro para mim quem é nosso Thatcher: é Joaquim Barbosa.
Muitas garrafas de uísque ou de cachaça haverão de ser abertas para comemorar a notícia de sua morte, por mais anos se passem depois que ele saia dos holofotes. No caso de Thatcher, foram cerca de 25 anos.
O que me trouxe o nome de JB à mente para a pergunta de Saulo foi o gesto de abjeta mesquinharia dele de negar mais prazo de recursos aos réus do mensalão.
Ora, a cada dia que passa, crescem as dúvidas em relação ao caso. E estamos falando em penas de vários anos de cadeia.
Mesmo juízes do Supremo que condenaram os réus admitiram que se deve dar mais prazo para os recursos.
Mas Barbosa não: permaneceu agarrado a sua monumental falta de grandeza.
A quem ele agrada assim? À justiça? Talvez não, tantas são as dúvidas em relação ao julgamento.
À Globo?
Com certeza. Mas sabemos todos quais são os reais interesses da Globo: basta olhar para a lista de bilionários da revista Forbes.
Tenho para mim que Barbosa imagina que a bajulação que recebe da Globo, ou da Veja, é suficiente para garantir um bom lugar na posteridade.
Mas é uma ilusão.
Murdoch louvou Thatcher em todos os momentos: em sua chegada ao poder, durante os dias de primeira ministra e na vida pós-Downing Street.
Mas não foi Murdoch que prevaleceu no julgamento popular da era Thatcher. A condenação veio da voz rouca das ruas, que empresa de mídia nenhuma controla, por maior que seja – e o império de Murdoch faz o dos Marinhos parecer a Gazeta de Pinheiros.
Barbosa é a negação do brasileiro tolerante, cordial, simpático, magnânimo.
E exerce o poder que lhe caiu no colo num acaso lastimável com uma severidade e uma impiedade que parecem muito acima de sua competência como magistrado.
É o nosso Thatcher.
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