segunda-feira, 22 de abril de 2013

POLÍTICA - Pernambuco tem um novo Calabar?



Ao trair Lula, Eduardo Campos ganha apoio dos banqueiros. Pernambuco tem um novo Calabar?


Nunca encontramos um homem tão adaptado a nossos propósitos (…), pois ele tomava um pequeno navio e aterrava-nos em território inimigo à noite, onde pilhávamos os habitantes e quanto mais dano ele podia ocasionar a seus patrícios, maior era sua alegria.(Robert Southey, História do Brasil, vol. I)
Pudsey, mercenário inglês à serviço da invasão holandesa em Pernambuco, sobre o traidor Calabar.
Deu no jornal Estadão que os banqueiros preferem Aécio Neves (PSDB-MG) ou Eduardo Campos (PSB-PE) do que a presidenta Dilma em 2014.

Aliás, nenhuma novidade, apenas constatação do óbvio.

O nome de Campos caiu nas graças dos banqueiros, desde que ele passou a trair Lula e a fazer oposição à política econômica da presidenta Dilma, que é de derrubar os juros altos, gerar investimentos produtivos e empregos, erradicar a pobreza e melhorar a distribuição de renda, para ampliar a classe média.

O jornalão diz que conversou com banqueiros, economistas de instituições financeiras, operadores e donos de fundos de investimento. Com o compromisso de não se identificarem, eles opinaram sobre a sucessão do ano que vem.

Sobre Aécio, disse um executivo de um banco estrangeiro:

"Ele é música para os ouvidos do mercado. Ele é visto como o resgate da agenda de FHC. É mais ortodoxo... [mas]... Ninguém acredita que, de fato, queira ser presidente. Sua vida pessoal é incompatível com a vida pública. E sua atuação como senador é uma piada". (José Serra deve ter adorado esse comentário).

Quanto a Campos, o executivo do banco estrangeiro disse:

"Campos tem história em Pernambuco, está com discurso muito alinhado, aberto a ouvir. É uma luz no fim do túnel, uma alternativa a Dilma".

A "história em Pernambuco" relacionada ao mercado financeiro pode ter a ver com o escândalo dos precatórios, quando Eduardo Campos era secretário estadual de Fazenda, e houve a emissão de títulos fraudulentos, com lucros astronômicos para os bancos às custas do rombo nos cofres públicos pernambucanos.

Para os banqueiros, "a imagem de Dilma está em processo de deterioração galopante no mercado". Isso desde que a presidenta vem exigindo dos bancos a cobrança de juros e tarifas mais civilizadas, o que diminui os lucros abusivos do setor.
Fonte: Os amigos do Presidente Lula.

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