Cotado para disputar a Presidência em 2014, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, reuniu-se no sábado com o pastor Silas Malafaia, um dos principais líderes evangélicos do país, em busca de apoio. Segundo Malafaia, Campos teria dito que sua candidatura é "irreversível" e que o PSB não é "voto de cabresto" nem "legenda de aluguel" do PT da presidente Dilma Rousseff.
A reportagem é de Sérgio Ruck Bueno e Cristiane Agostine e publicada pelo jornal Valor, 10-04-2013.
Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Malafaia relatou que na conversa de três horas, no Rio de Janeiro, Campos afirmou estar decidido a lançar-se em 2014. "Ele disse que sua candidatura é irreversível. Afirmou que acredita que vai chegar lá [à Presidência] e que vai fazer melhor. Disse que nenhum partido vai determinar as decisões do PSB e que, apesar de pertencer à base do governo, seu partido é independente. Afirmou que não será voto de cabresto nem legenda de aluguel", declarou Malafaia ao Valor PRO, serviço em tempo real do Valor.
Malafaia comentou ter gostado de Campos. "Estou doido para que ele seja candidato".
A assessoria do governador de Pernambuco confirmou o encontro, mas negou o conteúdo da conversa e afirmou que "Campos nunca disse que será candidato".
Malafaia influenciou a eleição de 2012 em São Paulo, ao apoiar José Serra (PSDB) e protagonizar o debate sobre o "kit gay". Nos dois turnos, criticou Fernando Haddad (PT). Em 2010, na disputa presidencial, Malafaia apoiou Serra contra Dilma Rousseff e também destacou-se em discussões sobre aborto e casamento gay.
Campos, apesar de insistir que "não é o momento de discutir a sucessão presidencial", cumpriu intensa agenda política ontem, em Porto Alegre. O governador já trabalha para montar seu palanque no Rio Grande do Sul. A estratégia local dá preferência para uma coligação com o PDT, que teria o candidato ao governo estadual, com o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, na disputa ao Senado ou à reeleição, caso o deputado seja o coordenador da campanha do governador pernambucano.
A estratégia de Campos para o Estado é articulada por Beto, um dos maiores entusiastas da candidatura do governador contra a presidente Dilma Rousseff em 2014. Uma alternativa cogitada é a aliança com o PP, com a senadora Ana Amélia Lemos na cabeça de chapa. "O PP tem nos procurado muito", disse Beto, ressalvando que a considera esta opção mais "difícil" porque os pepistas estão na base da presidente Dilma, embora o PDT também esteja.
Assim como acontece no governo federal, onde tem o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria Especial de Portos, o PSB está na base do governador Tarso Genro (PT). No Estado, o partido tem o vice-governador Beto Grill e ocupa a Secretaria de Infraestrutura, mas conforme Beto, até o fim deste ano terá de comunicar que estará "fora do projeto" do governo gaúcho em 2014. Por enquanto, ele não vê motivos para a sigla deixar os cargos.
A agenda de Campos em Porto Alegre começou na segunda-feira, na festa de aniversário de Beto. Ontem, reuniu-se com Genro e, em seguida, com o prefeito José Fortunati (PDT). O prefeito, que defende a candidatura do PDT ao Estado em 2014 (hoje o partido está na base de Genro), disse que as discussões sobre 2014 são "incipientes", mas não descartou uma aliança com o PSB. Um dos cotados pelo PDT é o deputado federal Vieira da Cunha.
Em típica atividade de campanha, Campos tomou café no Mercado Público, mas não despertou a atenção do público. Na sequência, deu palestra na Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul). À tarde, recebeu a medalha do "Mérito Farroupilha" na Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado Miki Breier (PSB), e à noite fez uma apresentação no Fórum da Liberdade.
Em entrevista na Federasul, Campos disse que o prazo para definir sua eventual candidatura cabe ao PSB. "Vamos decidir com o nosso relógio, não vamos trabalhar no fuso horário das angústias e aflições dos outros". Segundo ele, em 2010 a sigla não lançou candidatura para apoiar Dilma, mas agora "não podemos renunciar à possibilidade de o PSB crescer e discutir o futuro do Brasil".
A reportagem é de Sérgio Ruck Bueno e Cristiane Agostine e publicada pelo jornal Valor, 10-04-2013.
Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Malafaia relatou que na conversa de três horas, no Rio de Janeiro, Campos afirmou estar decidido a lançar-se em 2014. "Ele disse que sua candidatura é irreversível. Afirmou que acredita que vai chegar lá [à Presidência] e que vai fazer melhor. Disse que nenhum partido vai determinar as decisões do PSB e que, apesar de pertencer à base do governo, seu partido é independente. Afirmou que não será voto de cabresto nem legenda de aluguel", declarou Malafaia ao Valor PRO, serviço em tempo real do Valor.
Malafaia comentou ter gostado de Campos. "Estou doido para que ele seja candidato".
A assessoria do governador de Pernambuco confirmou o encontro, mas negou o conteúdo da conversa e afirmou que "Campos nunca disse que será candidato".
Malafaia influenciou a eleição de 2012 em São Paulo, ao apoiar José Serra (PSDB) e protagonizar o debate sobre o "kit gay". Nos dois turnos, criticou Fernando Haddad (PT). Em 2010, na disputa presidencial, Malafaia apoiou Serra contra Dilma Rousseff e também destacou-se em discussões sobre aborto e casamento gay.
Campos, apesar de insistir que "não é o momento de discutir a sucessão presidencial", cumpriu intensa agenda política ontem, em Porto Alegre. O governador já trabalha para montar seu palanque no Rio Grande do Sul. A estratégia local dá preferência para uma coligação com o PDT, que teria o candidato ao governo estadual, com o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, na disputa ao Senado ou à reeleição, caso o deputado seja o coordenador da campanha do governador pernambucano.
A estratégia de Campos para o Estado é articulada por Beto, um dos maiores entusiastas da candidatura do governador contra a presidente Dilma Rousseff em 2014. Uma alternativa cogitada é a aliança com o PP, com a senadora Ana Amélia Lemos na cabeça de chapa. "O PP tem nos procurado muito", disse Beto, ressalvando que a considera esta opção mais "difícil" porque os pepistas estão na base da presidente Dilma, embora o PDT também esteja.
Assim como acontece no governo federal, onde tem o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria Especial de Portos, o PSB está na base do governador Tarso Genro (PT). No Estado, o partido tem o vice-governador Beto Grill e ocupa a Secretaria de Infraestrutura, mas conforme Beto, até o fim deste ano terá de comunicar que estará "fora do projeto" do governo gaúcho em 2014. Por enquanto, ele não vê motivos para a sigla deixar os cargos.
A agenda de Campos em Porto Alegre começou na segunda-feira, na festa de aniversário de Beto. Ontem, reuniu-se com Genro e, em seguida, com o prefeito José Fortunati (PDT). O prefeito, que defende a candidatura do PDT ao Estado em 2014 (hoje o partido está na base de Genro), disse que as discussões sobre 2014 são "incipientes", mas não descartou uma aliança com o PSB. Um dos cotados pelo PDT é o deputado federal Vieira da Cunha.
Em típica atividade de campanha, Campos tomou café no Mercado Público, mas não despertou a atenção do público. Na sequência, deu palestra na Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul). À tarde, recebeu a medalha do "Mérito Farroupilha" na Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado Miki Breier (PSB), e à noite fez uma apresentação no Fórum da Liberdade.
Em entrevista na Federasul, Campos disse que o prazo para definir sua eventual candidatura cabe ao PSB. "Vamos decidir com o nosso relógio, não vamos trabalhar no fuso horário das angústias e aflições dos outros". Segundo ele, em 2010 a sigla não lançou candidatura para apoiar Dilma, mas agora "não podemos renunciar à possibilidade de o PSB crescer e discutir o futuro do Brasil".
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