Por Percival Maricato
Acabou o terceiro turno, o que significa que foi dada a partida para a disputa em 2018.
A mídia noticiou que o PSDB desistiu do impeachment e da pauta bomba. Ela mesmo pela primeira vez passa alguns dias sem noticiar o assunto. Tudo indica que de um lado, devido ao golpe paraguaio não ter dado resultado, de outro por pressão de grandes empresários, cujos negócios também estavam sendo prejudicados pela perda de credibilidade e pela insegurança jurídica. Lembremos que os tucanos votaram a favor de projetos que explodiriam de vez o ajuste fiscal, felizmente vetados pela presidente.
Os jornais deram e não foi desmentido, que antes da mudança Carlos Sampaio, líder do partido, junto com Paulinho da Força e representante do DEM, estiveram com Eduardo Cunha, tentando fazer com que ele pusesse em pauta o pedido de impeachment. Cunha, que não é tatú, se recusou. Sabe que entregue essa carta que leva na manga, não terá como se manter no jogo. A recusa do presidente da Câmara levou ou pelo menos apressou a decisão do PSDB de mudar o rumo. Sem o PSDB Paulino da Força, o DEM e similares não existem.
Agora está chegando a vez do PT. Terá que decidir se cumpre sua obrigação, ajudando a enterrar esse eterno inocente, sempre envolvido em pilantragens, ou se vai agir “pragmaticamente”, como se explicavam os tucanos quando lhe davam cobertura. Melhor se defender do impeachment que ser cúmplice de delinquente. Se defenderiam com outro presidente da Câmara, que não pode ser pior que o atual.
Sobre a conduta de Cunha e como ele enriqueceu muito pode ser visto no meu post anterior, onde juntei uma decisão judicial em processo que ele moveu contra Luis Nassif. Cunha alegou que, em um único artigo, Nassif o difamou por cinco vezes, relatando um a um os episódios. O juiz extinguiu o processo, após analisar todos e mostrar como eles, de fato, aconteceram. Eram todos atos ilícitos onde Cunha se envolvera, mas logrou sair isento, por vários motivos. Cunha apelou, tentando ganhar tempo. Dificilmente mudará a decisão. Esses são os fatos que foram conhecidos. Quantos outros podem ter acontecido desde que ascendeu a direção de órgãos públicos, no governo Collor?
De qualquer forma, a desistência do PSDB com relação ao impeachment pode ser bem vinda. Quem sabe os tucanos passem a defender visões alternativas, opções às decisões do governo federal, apoio as que acham boas (ou será que nada é bom no governo), o que é legítimo e importante. O país precisa de debates e visões políticas alternativas, criticas construtivas. A dúvida é se a prioridade dos conservadores agora não será liquidar a candidatura Lula a qualquer preço. De qualquer forma, Dilma se livrou, o terceiro turno acabou e começa a disputa de 2018.
Acabou o terceiro turno, o que significa que foi dada a partida para a disputa em 2018.
A mídia noticiou que o PSDB desistiu do impeachment e da pauta bomba. Ela mesmo pela primeira vez passa alguns dias sem noticiar o assunto. Tudo indica que de um lado, devido ao golpe paraguaio não ter dado resultado, de outro por pressão de grandes empresários, cujos negócios também estavam sendo prejudicados pela perda de credibilidade e pela insegurança jurídica. Lembremos que os tucanos votaram a favor de projetos que explodiriam de vez o ajuste fiscal, felizmente vetados pela presidente.
Os jornais deram e não foi desmentido, que antes da mudança Carlos Sampaio, líder do partido, junto com Paulinho da Força e representante do DEM, estiveram com Eduardo Cunha, tentando fazer com que ele pusesse em pauta o pedido de impeachment. Cunha, que não é tatú, se recusou. Sabe que entregue essa carta que leva na manga, não terá como se manter no jogo. A recusa do presidente da Câmara levou ou pelo menos apressou a decisão do PSDB de mudar o rumo. Sem o PSDB Paulino da Força, o DEM e similares não existem.
Agora está chegando a vez do PT. Terá que decidir se cumpre sua obrigação, ajudando a enterrar esse eterno inocente, sempre envolvido em pilantragens, ou se vai agir “pragmaticamente”, como se explicavam os tucanos quando lhe davam cobertura. Melhor se defender do impeachment que ser cúmplice de delinquente. Se defenderiam com outro presidente da Câmara, que não pode ser pior que o atual.
Sobre a conduta de Cunha e como ele enriqueceu muito pode ser visto no meu post anterior, onde juntei uma decisão judicial em processo que ele moveu contra Luis Nassif. Cunha alegou que, em um único artigo, Nassif o difamou por cinco vezes, relatando um a um os episódios. O juiz extinguiu o processo, após analisar todos e mostrar como eles, de fato, aconteceram. Eram todos atos ilícitos onde Cunha se envolvera, mas logrou sair isento, por vários motivos. Cunha apelou, tentando ganhar tempo. Dificilmente mudará a decisão. Esses são os fatos que foram conhecidos. Quantos outros podem ter acontecido desde que ascendeu a direção de órgãos públicos, no governo Collor?
De qualquer forma, a desistência do PSDB com relação ao impeachment pode ser bem vinda. Quem sabe os tucanos passem a defender visões alternativas, opções às decisões do governo federal, apoio as que acham boas (ou será que nada é bom no governo), o que é legítimo e importante. O país precisa de debates e visões políticas alternativas, criticas construtivas. A dúvida é se a prioridade dos conservadores agora não será liquidar a candidatura Lula a qualquer preço. De qualquer forma, Dilma se livrou, o terceiro turno acabou e começa a disputa de 2018.
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