PF prende André Esteves, o amigo de Aécio
Por Altamiro Borges
Em uma cerimônia super discreta, como é do perfil do mineiro Aécio, que não costuma se deixar badalar por aí, o senador e candidato tucano à Presidência da República, casou-se na última sexta-feira, no Rio de Janeiro, com a modelo gaúcha Letícia Weber. Aécio é senador por Minas, mas casar em Belo Horizonte evidentemente que não é o caso.
A assessoria do senador informou que o casamento foi apenas no civil. Após a celebração, o casal embarcou para Nova York, onde Aécio fez palestra para investidores a convite do Banco Pactual.
O jornal O Globo de hoje dá mais detalhes do caso:
"De acordo com a assessoria do tucano, o banco BTG Pactual havia convidado Aécio a fazer uma palestra num evento voltado para investidores estrangeiros em Nova York. O convite se deu em agosto e, como é de praxe, incluía passagens aéreas e hospedagem para o palestrante e um acompanhante. O banco reservou uma suíte para o casal, de segunda a quarta-feira, no hotel Waldorf Astoria. No caso de Aécio, segundo a assessoria, ele declinou de cobrar pela palestra".
Evidente que em agosto o senador mineiro não tinha a menor ideia de que se casaria com Letícia Weber no início de outubro. Por isso a coincidência da ida para Nova Iorque com passagem, hospedagem e quetais pagas pelo Banco BTG Pactual ter se dado exatamente no período da lua de mel do casal.
Como informado pela assessoria do banco, Aécio declinou do cachê que porventura poderia ser pago pela palestra. Isso faz toda a diferença.
*****
André Esteves é um agiota arrojado e atrevido. Como um neoliberal convicto, ele sempre fez críticas veladas aos programas sociais dos governos petistas e nunca escondeu o seu desejo de abocanhar os grandes bancos estatais do país - em especial, a Caixa Econômica Federal e o Bando do Brasil. A sua visão privatista reforçou os laços de "amizade" com os tucanos. Nas eleições presidenciais de outubro passado, André Esteves participou de eventos de campanha de Aécio Neves, reforçando a lua de mel entre ambos. A revista IstoÉ - também chamada de "QuantoÉ" - registrou eufórica um destes eventos:
O jantar de 150 talheres para Aécio
Por Gisele Vitória
O primeiro grande jantar em São Paulo em torno do presidenciável Aécio Neves aconteceu ontem na casa do empresário João Doria Jr., no Jardim Europa. Era a noite do dia 31 de março, data dos 50 anos do Golpe Militar. Um time A de 150 empresários foi prestigiá-lo.
***
Parte deles já havia estado horas antes no Hotel Grand Hyatt, onde Aécio abriu o primeiro almoço do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) com presidenciáveis. Lá, 518 convidados, entre empresários e CEOs, ouviram Aécio defender, caso seja eleito, um ministério com a metade das pastas atuais, um plano de redução de carga tributária em seis meses de governo e a flexibilização na maioridade penal.
***
No encontro à noite, empresários e banqueiros como Jorge Gerdau Johannpeter, Luis Carlos Trabucco, Horácio Lafer Piva, Flavio Rocha, Maria Luiza Trajano e André Esteves se destacavam num cenário de nove mesas dispostas em duas grandes salas. Aécio dividiu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a cabeceira da mesa principal de 18 lugares. O governador Geraldo Alckmin, que esteve também no almoço, saudou Aécio como “o mais paulista dos mineiros”.
Nos últimos dias, a mídia tucana fez alarde com a prisão do pecuarista José
Carlos Bumlai. De forma articulada, jornalões, sites das revistonas e emissoras
de rádio e tevê fizeram questão de destacar que o detido na Operação Lava-Jato é
"amigo do Lula". William Bonner, no Jornal Nacional, bateu nesta tecla várias
vezes. A insistência rendeu mais uma ácida piada de José Simão: "Ainda bem que
eu não conheço o Lula. Senão já estava preso". Já na manhã desta quarta-feira
(25), a Polícia Federal deteve o senador Delcídio Amaral (PT-MS), "o mais tucano
dos petistas", e o banqueiro André Esteves. Até agora nenhum veículo de
comunicação destacou que o agiota preso "é amigo de Aécio Neves".
A amizade entre os dois é quase carnal. Em novembro de 2013, o dono do banco Pactual financiou a lua de mel do cambaleante num hotel de luxo em Nova Iorque. O agiota bancou as passagens aéreas e a hospedagem do glamoroso casal. Diante da revelação do inusitado presente, a instituição até tentou disfarçar e alegou que o senador mineiro-carioca, já em campanha para presidente da República, teria sido convidado para uma palestra junto a investidores dos EUA. Na ocasião, a revista Fórum postou uma irônica reportagem. Vale conferir:
A amizade entre os dois é quase carnal. Em novembro de 2013, o dono do banco Pactual financiou a lua de mel do cambaleante num hotel de luxo em Nova Iorque. O agiota bancou as passagens aéreas e a hospedagem do glamoroso casal. Diante da revelação do inusitado presente, a instituição até tentou disfarçar e alegou que o senador mineiro-carioca, já em campanha para presidente da República, teria sido convidado para uma palestra junto a investidores dos EUA. Na ocasião, a revista Fórum postou uma irônica reportagem. Vale conferir:
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O casamento de Aécio Neves e a lua de mel com o BTG Pactual em Nova Iorque
O casamento de Aécio Neves e a lua de mel com o BTG Pactual em Nova Iorque
Em uma cerimônia super discreta, como é do perfil do mineiro Aécio, que não costuma se deixar badalar por aí, o senador e candidato tucano à Presidência da República, casou-se na última sexta-feira, no Rio de Janeiro, com a modelo gaúcha Letícia Weber. Aécio é senador por Minas, mas casar em Belo Horizonte evidentemente que não é o caso.
A assessoria do senador informou que o casamento foi apenas no civil. Após a celebração, o casal embarcou para Nova York, onde Aécio fez palestra para investidores a convite do Banco Pactual.
O jornal O Globo de hoje dá mais detalhes do caso:
"De acordo com a assessoria do tucano, o banco BTG Pactual havia convidado Aécio a fazer uma palestra num evento voltado para investidores estrangeiros em Nova York. O convite se deu em agosto e, como é de praxe, incluía passagens aéreas e hospedagem para o palestrante e um acompanhante. O banco reservou uma suíte para o casal, de segunda a quarta-feira, no hotel Waldorf Astoria. No caso de Aécio, segundo a assessoria, ele declinou de cobrar pela palestra".
Evidente que em agosto o senador mineiro não tinha a menor ideia de que se casaria com Letícia Weber no início de outubro. Por isso a coincidência da ida para Nova Iorque com passagem, hospedagem e quetais pagas pelo Banco BTG Pactual ter se dado exatamente no período da lua de mel do casal.
Como informado pela assessoria do banco, Aécio declinou do cachê que porventura poderia ser pago pela palestra. Isso faz toda a diferença.
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André Esteves é um agiota arrojado e atrevido. Como um neoliberal convicto, ele sempre fez críticas veladas aos programas sociais dos governos petistas e nunca escondeu o seu desejo de abocanhar os grandes bancos estatais do país - em especial, a Caixa Econômica Federal e o Bando do Brasil. A sua visão privatista reforçou os laços de "amizade" com os tucanos. Nas eleições presidenciais de outubro passado, André Esteves participou de eventos de campanha de Aécio Neves, reforçando a lua de mel entre ambos. A revista IstoÉ - também chamada de "QuantoÉ" - registrou eufórica um destes eventos:
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O jantar de 150 talheres para Aécio
Por Gisele Vitória
O primeiro grande jantar em São Paulo em torno do presidenciável Aécio Neves aconteceu ontem na casa do empresário João Doria Jr., no Jardim Europa. Era a noite do dia 31 de março, data dos 50 anos do Golpe Militar. Um time A de 150 empresários foi prestigiá-lo.
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Parte deles já havia estado horas antes no Hotel Grand Hyatt, onde Aécio abriu o primeiro almoço do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) com presidenciáveis. Lá, 518 convidados, entre empresários e CEOs, ouviram Aécio defender, caso seja eleito, um ministério com a metade das pastas atuais, um plano de redução de carga tributária em seis meses de governo e a flexibilização na maioridade penal.
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No encontro à noite, empresários e banqueiros como Jorge Gerdau Johannpeter, Luis Carlos Trabucco, Horácio Lafer Piva, Flavio Rocha, Maria Luiza Trajano e André Esteves se destacavam num cenário de nove mesas dispostas em duas grandes salas. Aécio dividiu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a cabeceira da mesa principal de 18 lugares. O governador Geraldo Alckmin, que esteve também no almoço, saudou Aécio como “o mais paulista dos mineiros”.
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Será que a própria mídia, que descreveu sem maiores críticas estes fatos no
passado, já se esqueceu das relações carnais entre o grão-tucano e o agiota
detido nesta quarta-feira? Cadê a manchete: "PF prende André Esteves, amigo de
Aécio Neves"?
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