Com medo, Italiana parente de Bolsonaro foge de almoço
02/11/2021A italiana Giannina Bolzonaro, parente do presidente brasileiro, em foto creditada a Toniolo/Errebi, afirmou ao jornal Corriere Del Veneto que foi convidada para almoçar com Jair Bolsonaro, mas recusou o convite temendo por sua segurança | reprodução
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
“Li nos jornais que ele é negacionista, misógino, contra as minorias e a proteção da floresta amazônica”. “Estou vacinada”, disse Giannina Bolzonaro, prima italiana do presidente, que desistiu do encontro temendo por sua segurança
A italiana Giannina Bolzonaro (com Z mesmo), em entrevista ao jornal italiano Corriere Del Veneto, afirmou que dispensou um almoço com Jair Bolsonaro, seu parente identificado há quatro anos pelo município em que vive após pesquisas reconstruindo a árvore genealógica do presidente brasileiro, por medo.
“Li nos jornais que ele é negacionista, misógino, contra as minorias e a proteção da floresta amazônica“, afirmou à mídia. “Estou vacinada“, comentou em outro trecho da conversa com o jornal.
Mais nova que Bolsonaro, com 63 anos, Giannina tinha um bisavô que era primo do bisavô do presidente do Brasil, Vittorio Bolzonaro, que emigrou para a América do Sul, passando, desde então, a se chamar e a ser conhecido como João Bolsonaro.
De origem veneziana, Bolsonaro agora é o mais novo cidadão honorário de Anguillara, a terra natal onde, em 12 de abril de 1878, nasceu Vittorio
“Sou a favor dos direitos das minorias. Sejam eles homossexuais ou índios da Amazônia, poucas mudanças: ninguém deve ser discriminado e ninguém deve ter garantia de liberdade para fazer na própria vida o que achar mais certo“, disse a parente do chefe do Executivo brasileiro.
Giannina conta que, “a princípio” ficou “pasma” e “um pouco curiosa”, quando descobriu o parentesco, mas após ler sobre quem ele era, resolveu esfriar as emoções e manter seus “hábitos” e “crenças” que sempre manteve inabaláveis, nem mesmo “por um centímetro”, conforme disse ao jornal.
“Nos jornais li que ele seria um negador cobiçoso, um misógino, um promotor de leis contra algumas minorias e contra a proteção da floresta amazônica. Coisas que, se forem verdadeiras, obviamente não aprovo“, afirmou ao Corriere Del Veneto.
Na avaliação de Giannina, a participação de Bolsonaro no G20 “o expuseram a muitas críticas“, bastando “ver como ele foi ignorado por seus colegas” no encontro.
“Tenho a ideia de que, principalmente na condução da pandemia, ele não funcionou muito bem”, disse ao jornal.
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