Colunista da Folha pede que eleitores elejam LULA e diz que voto nulo contribui para a barbárie

02/01/2022  Por REDAÇÃO URBS MAGNA
Colunista da Folha pede que eleitores elejam LULA e diz que voto nulo contribui para a barbárie

 O ex-presidente LULA, o economista Rodrigo Zeidan, em foto reprodução de seu Instagram, e o presidente Jair Bolsonaro | Sobreposição de imgens


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

Como que alguém olha esse presidente com total descaso com a vida humana e vem dizer: “Ah, não é comigo, votarei nulo“, escreve Rodrigo Zeidan referindo-se a Bolsonaro

O doutor em economia, Rodrigo Zeidan, professor da New York University Shanghai, na China, e da Fundação Dom Cabral, além de também colunista com espaço garantido no jornal Folha de São Paulo, expôs em rede social os riscos que o voto nulo pode trazer para a eleição presidencial do Brasil.

Indignado com a má utilização do poder que o eleitor tem em mãos contra “esse presidente com total descaso com a vida humana“, o economista afirmou que votar nulo é “contribuir com a barbárie“.

Como que alguém olha” Bolsonaro “e vem dizer: ‘Ah, não é comigo'”, disse em seu perfil oficial no microblog Twitter, neste domingo (2/1).

Veja abaixo e leia mais a seguir:

Em uma longa thread produzida ontem na plataforma, Zeidan relembrou o início do governo LULA: “O ano era 2002. Inflação, crise energética e incerteza global rondavam o país. Com a economia indo mal, LULA emerge como favorito para a disputa presidencial. O ano que vem repetirá o cenário de 2002, mas com uma crise muito mais profunda“, disse.

Afinal, por pior que estivesse o país no início do século 21, estávamos vindo de um ciclo de reformas que acabaram com a hiperinflação e deveriam gerar frutos por anos. Agora, é diferente. Não só o próximo presidente pegará uma economia destroçada, mas vai ter que lidar com a destruição institucional promovida pelos incompetentes conservadores q arrumam bilhões para seus projetos de estimação enquanto deixam à míngua dezenas de milhões de brasileiros“, escreveu Zeidan, expressando depois seu otimismo com o PT dar certo em um novo governo.

O economista admitiu que “não dá para negar que de 2003 a 2007 muitas das medidas econômicas do governo Lula foram boas“.

Suprimindo-se alguns comentários desnecessários diante da compreensão que Zeidan não é nada lulista, o colunista também afirma que “uma nova carta aos brasileiros pode, ao menos, fazer com que tenhamos um mínimo de esperança se o PT voltar ao poder“.

Em particular, duas medidas são das mais importantes políticas econômicas da história brasileira recente: o Bolsa Família e o Pro-Uni. O Bolsa Família chegou a quase erradicar a fome e a extrema-pobreza no Brasil, enquanto o Pro-Uni trouxe para o ensino superior, de forma eficiente, centenas de milhares de jovens que não teriam outra forma de continuar os estudos”, reconhece o autor do texto.

Zeidan lembra ainda que, “do ponto de vista macroeconômico, o tripé, composto de superávit primário, sistema de metas de inflação e câmbio flutuante, logo tirou a inflação dos dois dígitos e permitiu um crescimento sustentado da economia brasileira de 2003 a 2007, ajudado pelo superciclo das commodities“.

Embora poucas, as reformas microeconômicas, como a mini-reforma da previdência (de dezembro de 2003) e a lei de falências (de 2005) foram bem executadas, e com Marina Silva como ministra do meio ambiente, o combate ao desmatamento virou prioridade”, admitiu mais uma vez.

Novamente abaixando a bandeira anti-LULA de Zeidan, pulando toda a parte que mais parece encomendada do que de seu punho voluntário, o economista diz que “progresso não é linear, e em várias áreas o país melhorou, através do governo, com o governo ou apesar do governo. O mesmo não pode ser dito pelo atual regime. Os conservadores da economia jogaram o país em estagflação, secaram o Bolsa Família, e sugaram os parcos recursos da sociedade para dar aumento a militares. Nos falta tudo, até comida. Só sobra cloroquina“.

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