Segurança Alimentar
01.07.2014
[ Mundo ]
Pesquisa sobre milho transgênico é republicada e retoma debates
Adital
A pressão da indústria da biotecnologia e dos órgãos reguladores foi forte e conseguiu vitória temporária ao tirar de circulação a pesquisa inédita que demonstrou efeitos crônicos em ratos causados pelo consumo do milho transgênico NK 603 com e sem o herbicida Roundup (glifosato), ambos da Monsanto.
A vitória foi temporária porque a Environmental Sciences Europe acaba de republicar a pesquisa e colocá-la de volta no debate científico, mantendo os resultados e conclusões originais e oferecendo acesso aos dados brutos do estudo, algo jamais feito pelas empresas do setor, que alegam segredo industrial mesmo sobre dados que dizem respeito a efeitos sobre a saúde e meio ambiente. Os pesquisadores franceses avaliaram a mesma linhagem de ratos usados pela Monsanto em seus estudos e identificaram graves danos ao fígado e rins, além de distúrbios hormonais e elevada ocorrência de tumores.
A publicação original dos resultados encontrados por Gilles-Eric Séralini e sua equipe saiu em setembro de 2012 e foi publicada pela Food and Chemical Toxicology, que depois da repercussão causada pelo estudo inédito recompôs seu conselho editorial para abrigar um ex-funcionário da Monsanto e logo depois anunciou a retirada do artigo.
A Food and Chemical Toxicology sai chamuscada do episódio, assim como as agências governamentais que desacreditaram a pesquisa. Entre elas está a CTNBio, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, que atacou o estudo e seus autores e descartou a reavaliação de sua decisão, que considerou seguro o NK603 e autorizou seu uso comercial no Brasil.
A AS-PTA saúda a volta do artigo ao debate público sobre a segurança desses produtos e sobre a influência das corporações sobre a ciência e os processos regulatórios. Baseando-se na lei de biossegurança demandaremos que a CTNBio reconsidere sua decisão à luz dos achados dos pesquisadores da Universidade francesa de Caen.
A vitória foi temporária porque a Environmental Sciences Europe acaba de republicar a pesquisa e colocá-la de volta no debate científico, mantendo os resultados e conclusões originais e oferecendo acesso aos dados brutos do estudo, algo jamais feito pelas empresas do setor, que alegam segredo industrial mesmo sobre dados que dizem respeito a efeitos sobre a saúde e meio ambiente. Os pesquisadores franceses avaliaram a mesma linhagem de ratos usados pela Monsanto em seus estudos e identificaram graves danos ao fígado e rins, além de distúrbios hormonais e elevada ocorrência de tumores.
A publicação original dos resultados encontrados por Gilles-Eric Séralini e sua equipe saiu em setembro de 2012 e foi publicada pela Food and Chemical Toxicology, que depois da repercussão causada pelo estudo inédito recompôs seu conselho editorial para abrigar um ex-funcionário da Monsanto e logo depois anunciou a retirada do artigo.
A Food and Chemical Toxicology sai chamuscada do episódio, assim como as agências governamentais que desacreditaram a pesquisa. Entre elas está a CTNBio, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, que atacou o estudo e seus autores e descartou a reavaliação de sua decisão, que considerou seguro o NK603 e autorizou seu uso comercial no Brasil.
A AS-PTA saúda a volta do artigo ao debate público sobre a segurança desses produtos e sobre a influência das corporações sobre a ciência e os processos regulatórios. Baseando-se na lei de biossegurança demandaremos que a CTNBio reconsidere sua decisão à luz dos achados dos pesquisadores da Universidade francesa de Caen.
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