POLÍTICA - "A democracia institucional desaparece".
Janio alerta: “a democracia institucional desaparece”
Jornalista avalia que o que houve no governo
Collor "não afetou as instituições e sua prioridade democrática",
diferente do que ocorre atualmente; "Há dez meses o país está
ingovernável", critica, duramente, o colunista, que aponta "propósitos
torpes que movem" a "ação corrosiva" da oposição no Congresso, "entre o
golpismo sem pejo de aliar-se à imoralidade e os interesses grupais, de
ordem material, dos chantagistas"
247 – Em um
duro artigo contra o golpe publicado neste domingo 25, o jornalista
Janio de Freitas afirma que "o que houve no governo Collor foi como um
mal-estar. Não afetou as instituições e sua prioridade democrática",
diferente do que ocorre atualmente. "Não se pode dizer o mesmo do Brasil
atual. Há dez meses o país está ingovernável", escreve o colunista.
"À parte ser promissor ou não o plano econômico do governo, o
Legislativo não permite sua aplicação. E não porque tenha uma
alternativa preferida, o que seria admissível. São propósitos torpes que
movem sua ação corrosiva, entre o golpismo sem pejo de aliar-se à
imoralidade e os interesses grupais, de ordem material, dos
chantagistas. Até o obrigatório exame dos vetos presidenciais é
relegado, como evidência a mais dos propósitos ilegais que dominam o
Congresso. A Câmara em particular, infestada, além do mais, por uma
praga que associa a criminalidade material à criminalidade institucional
do golpe", ataca Janio.
"A ingovernabilidade e, sinal a considerar-se, o pronunciamento
político contra a figura presidencial, pelo comandante do Exército da
Região Sul, são claros: se ainda temos regime constitucional, já não
estamos sob legítimo Estado de Direito", alerta, ainda, o jornalista. Em
sua visão, "a democracia institucional desaparece".
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