Jornal GGN - Felipe Porto, um dos manifestantes que integra o grupo "Ocupa Brasília", que está acampado em frente ao Congresso Nacional com autorização de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, admitiu ao Estadão que a maioria do movimento é composta por ex-policiais e ex-militares e, por isso, muitos estão armados "legalmente". Segundo ele, se houver tentativa de remover o ato para um local distante da sede do Parlamento, haverá "carnificina".
Os manifestantes anti-governo Dilma Roousseff (PT) acampados no gramado do Congresso e na Esplanada dos Ministérios terão 48 horas para desocupar esses locais. O prazo foi decidido em reunião do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg e Eduardo Cunha.
Essa semana, um manifestante foi preso após disparar tiros em meio a um ato do movimento de mulheres negras. Ninguém ficou ferido. Após o episódio, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB), afirmou que investigaria o caso e negociaria a retirada dos grupos.
Enviado por Marco St.
Líder de acampamento no Congresso promete "carnificina" em caso de retirada
Do Estadão
Um dos líderes do acampamento que está em frente ao Congresso Nacional e que defende a deposição do governo e a "intervenção popular", Felipe Porto, afirmou nesta quinta-feira (19) que não há chances de o movimento deixar o local de forma pacífica.
"Vamos resistir. Estamos armados e se houver isso [retirada] vai ter uma carnificina aqui", afirmou.
No gramado em frente ao Congresso há pelo menos quatro grupos distintos acampados, a maioria pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff.
O grupo a que Felipe pertence, denominado "Ocupa Brasília", é composto majoritariamente por ex-militares e ex-policiais. Por isso, afirmam, estão armados legalmente.
Não há reforço policial no momento. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), está reunido neste momento com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar articular a retirada de todos os acampamentos.
Na quarta-feira (18), foi registrado conflito na área entre membros do grupo de manifestantes militares e integrantes da Marcha das Mulheres Negras. Foram registrados tiros e dois manifestantes foram presos.
Porto diz que o objetivo do grupo é fazer uma "deposição total dos Três Poderes". "Não defendemos a intervenção militar, e sim a intervenção popular", afirmou. Questionado sobre como funcionaria essa deposição, Porto disse que com o apoio do Exército.
O grupo de Porto é o mesmo responsável pela manifestação de domingo, dia 15 de novembro, para "defender a pátria". O protesto, entretanto, teve baixa adesão.
Porto disse que apesar de poucos adeptos o grupo tem condições de "chamar reforço armado" caso haja confronto. "O cenário de guerra está armado", ameaçou.
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