Lula: Janot deveria coibir "espetáculos" do MP
"O Procurador
Geral da República deveria ficar mais atento à conduta de seus pares.
Membros do Ministério Público Federal estão se utilizando de recursos
públicos para transformar atos processuais em verdadeiros espetáculos
midiáticos, que maculam indevidamente a honra de pessoas inocentes e
desprezam garantias fundamentais previstas na Constituição Federal e em
Tratados Internacionais que o País se obrigou a cumprir", diz nota
divulgada nesta noite pela defesa do ex-presidente Lula, sobre a
divulgação da denúncia contra o ex-presidente feita pelo procurador
Deltan Dallagnol
247 –
Em nota divulgada neste sábado, a defesa do ex-presidente Lula cobrou
do procurador-geral da República providências em relação a "espetáculo
midiáticos" que vêm sendo adotados por integrantes do Ministério
Público.
Leia abaixo:
Em relação ao parecer apresentado
pelo Procurador Geral da República nos autos da Reclamação 25.048, da
relatoria do Ministro Teori Zavascki, os advogados do ex-Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva esclarecem o que se segue:
1. O próprio Ministro Teori
Zavascki, em 13/09/2016, retratou-se sobre a afirmação anterior de que a
defesa de Lula tentava embaraçar as apurações, de forma que não há
qualquer espaço para reabrir a discussão;
2. Das quatro reclamações
apresentadas no Supremo Tribunal Federal contra atos do juiz Sergio
Moro, a defesa de Lula obteve decisão favorável em duas delas; em uma,
Moro se retratou antes de ser proferida uma decisão pelo STF. Apenas em
uma derradeira reclamação houve decisão desfavorável, impugnada por
recurso ainda pendente de julgamento;
3. Esse cenário mostra, de um
lado, que a defesa de Lula obteve êxito em praticamente todas as
reclamações levadas ao STF contra o juiz do Paraná. E, de outro lado,
que o trabalho da defesa está sendo realizado com a observância de todos
os preceitos legais e éticos.
O Procurador Geral da República
deveria ficar mais atento à conduta de seus pares. Membros do Ministério
Público Federal estão se utilizando de recursos públicos para
transformar atos processuais em verdadeiros espetáculos midiáticos, que
maculam indevidamente a honra de pessoas inocentes e desprezam garantias
fundamentais previstas na Constituição Federal e em Tratados
Internacionais que o País se obrigou a cumprir.
Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira
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