Os quatro pesadelos do Judas Michel Temer
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O usurpador Michel Temer pensou que a sua estadia no Palácio
do Planalto seria um passeio. Ele contava com o apoio das elites empresariais,
que incentivaram e financiaram o “golpe dos corruptos”; com a cumplicidade da
mídia privada, principal protagonista da conspiração; com ampla maioria nas “assembleias
de bandidos” da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; e com a excitação dos “midiotas”,
que saíram às ruas para rosnar pelo “Fora Dilma”. Mas seu sonho está se
transformando rapidamente em um baita pesadelo. A dúvida que já paira no covil
golpista é se o Judas Michel Temer resistirá no cargo até o final de 2018.
Quatro fatores, no mínimo, explicam estes temores:
Apesar da mídia chapa-branca, que abandonou seu pessimismo
doentio dos tempos de Dilma e agora esbanja otimismo, todos os indicadores apontam
para uma piora do quadro econômico. O índice de desemprego bate recorde; as
vendas despencam nos supermercados; a inflação segue alta e pode superar
a casa dos dois dígitos. Os governadores do Norte e Nordeste se rebelam contra
as promessas não cumpridas do traíra e ameaçam decretar “estado de
emergência financeira”. Diante deste cenário catastrófico, a “urubóloga” Miriam
Leitão culpa a presidenta Dilma pelo caos e o rentista Carlos Alberto Sardenberg
finalmente reconhece a existência de uma crise mundial do capitalismo.
Nesta terça-feira (13), o covil golpista anunciou um plano
de privatizações e concessões para tentar elevar o astral da tropa. O “deus-mercado”
aplaudiu a entrega descarada do patrimônio público. Mas até jornalistas menos capachos
alertaram que o pacote elevará as tarifas dos serviços e não resultará em
geração de emprego e renda. Já o programa de austeridade fiscal de Henrique
Meirelles, o czar da economia, tem visível efeito contracionista, reduzindo o
consumo interno e agravando o quadro de desemprego. O povo pobre será a
principal vítima dos cortes nos gastos dos programas sociais. Até o midiota mais
tacanho já percebe que entrou numa fria e que o paraíso prometido era pura
falsidade.
2- A vingança de
Eduardo Cunha
No front político, o cenário também não é dos mais confortáveis
para o Judas Michel Temer. Como é de seu feitio, ele traiu o correntista
suíço
Eduardo Cunha, um dos responsáveis pelo seu assalto ao Palácio do
Planalto. Correndo o risco de ir para a cadeia, o vingativo lobista já
anunciou
aos quatro cantos que ligará o ventilador no esgoto. Ele até prometeu
escrever
um livro detalhando como se deu a conspiração para depor a presidenta
Dilma. Nos bastidores de Brasília, o clima é de pânico. Vários
ministros, “notáveis”
corruptos do covil golpista, e mais de 200 deputados, que foram
financiados em suas
campanhas pelo achacador, até fingem que estão tranquilos. Mas se borram
de medo!
Mônica Bergamo, da Folha, revela nesta quarta-feira (14) que o lobista
teme por sua esposa e pode soltar o verbo. “Eduardo Cunha estaria
convencido de que o Ministério Público Federal dificilmente concordará
em dar a
ele os benefícios da delação premiada, como cumprir a pena fora da
prisão. Mas
poderia concordar em aliviar a eventual condenação de Cláudia Cruz caso
ele decida abrir a boca e contar o que sabe aos procuradores. O arquivo
de
Cunha atingiria especialmente grandes empresas do país que teriam
negociado com
ele benefícios na Câmara e que teriam participado de encontros com a
cúpula do
PMDB, inclusive com Michel Temer”. O achacador é um autêntico
“homem-bomba”!
3- A sede de poder do
PSDB
Ainda no front político, já é dado como certo que os tucanos trairão o
Judas Michel Temer. É só uma questão de semanas ou meses. A unidade
firmada entre o PMDB, PSDB e outras siglas fisiológicas - como o DEM,
PPS e SD - teve apenas como objetivo saquear o Palácio do Planalto.
Estas máfias têm os seus interesses próprios. Concretizado o "golpe dos
corruptos", ela entrarão em guerra. Os sinais já são evidentes. O
cambaleante Aécio Neves, derrotado nas eleições de 2014, segue alucinado
com a possibilidade de chegar à presidência. O oportunista José Serra, o
eterno derrotado, já sinaliza que pode deixar o ninho tucano para
concretizar seu sonho. Já os larápios do PMDB, que nunca ganharam uma
eleição e chegaram três vezes ao Palácio do Planalto, não pretendem
entregar a rapadura.
Artigo postado no site da insuspeita revista Época, nesta terça-feira (13), mostra que a carnificina será sangrenta. "O PSDB, principal parceiro do PMDB no impeachment, eleva paulatinamente o tom dos recados semanais de insatisfação com as articulações do peemedebista na aprovação dos projetos de ajuste da economia... A maior dificuldade de Temer está no PSDB, precisamente no Senado, onde a bandeira do ajuste das contas públicas derrapa nos choques frequentes entre os partidos da coalizão. Passada a votação do impeachment, PMDB e PSDB alimentam diariamente uma mútua e sólida relação de desconfiança que deve perdurar", relatam os jornalistas Bruno Boghossian e Alana Rizzo.
Eles complementam na Época: "Tanto tucanos quanto integrantes do núcleo do Palácio do Planalto reconhecem o gelo fino sobre o qual caminham. Se Temer não tiver força suficiente para concretizar o ajuste fiscal, além de o país emborcar no precipício, o rompimento será inevitável. 'Estamos na ‘fase Tim Maia’: me dê motivo, para ir embora...', cantarola o senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo. 'Esses motivos estão sendo contabilizados e podem chegar ao limite'. As tensões do PSDB são vistas no Planalto como uma tentativa do partido de manter uma distância segura: se Temer fracassar, os tucanos agirão como se nunca tivessem participado da gestão".
Artigo postado no site da insuspeita revista Época, nesta terça-feira (13), mostra que a carnificina será sangrenta. "O PSDB, principal parceiro do PMDB no impeachment, eleva paulatinamente o tom dos recados semanais de insatisfação com as articulações do peemedebista na aprovação dos projetos de ajuste da economia... A maior dificuldade de Temer está no PSDB, precisamente no Senado, onde a bandeira do ajuste das contas públicas derrapa nos choques frequentes entre os partidos da coalizão. Passada a votação do impeachment, PMDB e PSDB alimentam diariamente uma mútua e sólida relação de desconfiança que deve perdurar", relatam os jornalistas Bruno Boghossian e Alana Rizzo.
Eles complementam na Época: "Tanto tucanos quanto integrantes do núcleo do Palácio do Planalto reconhecem o gelo fino sobre o qual caminham. Se Temer não tiver força suficiente para concretizar o ajuste fiscal, além de o país emborcar no precipício, o rompimento será inevitável. 'Estamos na ‘fase Tim Maia’: me dê motivo, para ir embora...', cantarola o senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo. 'Esses motivos estão sendo contabilizados e podem chegar ao limite'. As tensões do PSDB são vistas no Planalto como uma tentativa do partido de manter uma distância segura: se Temer fracassar, os tucanos agirão como se nunca tivessem participado da gestão".
4- O povo nas ruas
Diante das dificuldades na economia e das agruras políticas no covil golpista, um fator decisivo passa a ser a rua. O impopular Michel Temer - que disputou três eleições para deputado federal e ficou duas vezes na suplência - achava que agora, com o apoio mercenário da mídia chapa-branca, seria tratado como salvador da pátria. A ilusão durou pouco tempo. Antes mesmo da concretização do "golpe dos corruptos" no tribunal de exceção do Senado, o grito do "Fora Temer" já contagiou a sociedade. O presidente interino teve que se esconder das vaias na abertura das Olimpíadas, mas não conseguiu escapar do enorme protesto - registrado até pela serviçal TV Globo - na abertura das Paralimpíadas.
Num primeiro momento, o usurpador tentou desqualificar as manifestações de repúdio. Afirmou que eram apenas umas "40, 50 ou 100 pessoas" nos atos. Seu petulante diplomata, José Serra, disse que eram "mini, mini, mini" protestos. Mais de 100 mil pessoas saíram às ruas em São Paulo - o que se repetiu em atos massivos em outras capitais e até mesmo em cidades do interior - e a arrogância dos golpistas se transformou num tiro no pé. Agora, até a mídia golpista adverte para o risco de novos e maiores protestos - principalmente com o anúncio das "medidas impopulares" do covil golpista. Este fator pode ser determinante para a derrota do usurpador. A vida de Michel Temer será um inferno!
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