Para a Grécia é melhor que Tsipras seja um novo Lula ou um novo Chávez?
Boa a reflexão de um jornalista do Financial Times sobre Tsipras, o novo premiê grego.
Ele vai ser um novo Lula ou um novo Chávez?
Ou, em outras palavras: vai contemporizar, como Lula, ou vai para o enfrentamento, como Chávez?
Tenho para mim que, a rigor, Tsipras não terá alternativa. Caso queira de fato mudar as coisas, terá que ser Chávez e não Lula.
Você não faz revolução sem fazer revolução, disse Robespierre.
Lula optou por uma espécie de caminho do meio, e isso resultou na manutenção da maior parte das mamatas e privilégios de um pequeno grupo.
Por que ele não foi mais combativo é uma questão que só ele mesmo poderia responder.
Uma hipótese que faz sentido é que Lula temia ser removido do poder como Collor caso afrontasse o poder de fato.
Não teria sido tão fácil, no entanto. Collor era um presidente sem base nenhuma. Lula chegou ao poder amparado em sindicatos fortes e em movimentos sociais como a UNE.
Um golpe poderia parar o país.
Uma leitura possível é que o “mercado” blefou e Lula e o PT caíram no blefe. O resultado é que o Brasil avançou socialmente, com Lula, menos do que deveria e poderia.
Chávez, talvez pela formação militar, não recusou o combate. A elite venezuelana consegue ser pior que a brasileira, e ele sabia que se tentasse negociar com ela acabaria neutralizado ou esmagado.
Tsipras, se repetir Lula, atenderá os interesses de quem não quer que as coisas mudem na Grécia.
Ele vai ter que ser Chávez, se quiser romper, de fato, com o passado recente de humilhações impostas a seu país.
É menos arriscado ser Chávez na Grécia do que na Venezuela. Os Estados Unidos estão mais distantes, a Grécia não produz petróleo e a plutocracia grega está longe de ter a índole descaradamente golpista da venezuelana.
Circulou nas mídias sociais, estes dias, uma foto em que Tsipras segura uma camiseta com a foto de Chávez.
É exatamente nele, Chávez, que Tsipras terá que se inspirar caso queira marcar um novo tempo para a Grécia.
Ele vai ser um novo Lula ou um novo Chávez?
Ou, em outras palavras: vai contemporizar, como Lula, ou vai para o enfrentamento, como Chávez?
Tenho para mim que, a rigor, Tsipras não terá alternativa. Caso queira de fato mudar as coisas, terá que ser Chávez e não Lula.
Você não faz revolução sem fazer revolução, disse Robespierre.
Lula optou por uma espécie de caminho do meio, e isso resultou na manutenção da maior parte das mamatas e privilégios de um pequeno grupo.
Por que ele não foi mais combativo é uma questão que só ele mesmo poderia responder.
Uma hipótese que faz sentido é que Lula temia ser removido do poder como Collor caso afrontasse o poder de fato.
Não teria sido tão fácil, no entanto. Collor era um presidente sem base nenhuma. Lula chegou ao poder amparado em sindicatos fortes e em movimentos sociais como a UNE.
Um golpe poderia parar o país.
Uma leitura possível é que o “mercado” blefou e Lula e o PT caíram no blefe. O resultado é que o Brasil avançou socialmente, com Lula, menos do que deveria e poderia.
Chávez, talvez pela formação militar, não recusou o combate. A elite venezuelana consegue ser pior que a brasileira, e ele sabia que se tentasse negociar com ela acabaria neutralizado ou esmagado.
Tsipras, se repetir Lula, atenderá os interesses de quem não quer que as coisas mudem na Grécia.
Ele vai ter que ser Chávez, se quiser romper, de fato, com o passado recente de humilhações impostas a seu país.
É menos arriscado ser Chávez na Grécia do que na Venezuela. Os Estados Unidos estão mais distantes, a Grécia não produz petróleo e a plutocracia grega está longe de ter a índole descaradamente golpista da venezuelana.
Circulou nas mídias sociais, estes dias, uma foto em que Tsipras segura uma camiseta com a foto de Chávez.
É exatamente nele, Chávez, que Tsipras terá que se inspirar caso queira marcar um novo tempo para a Grécia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário