PT denuncia irregularidades
nas contas eleitorais de Aécio
PSDB teria listado 28 empresas criadas em 2014 e que prestaram serviços sem apresentar toda a documentação necessária
O partido lista 28 empresas criadas em
2014 e que prestaram serviços a campanha tucana, sem apresentar toda a
documentação necessária
O Partido dos Trabalhadores denunciou
ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (9), novas
ilegalidades identificadas nas contas do candidato derrotado à
Presidência, senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do comitê financeiro de seu
partido. O documento enviado ao setor técnico responsável pela análise
de contas solicita a investigação de empresas que prestaram serviços à
campanha tucana.
A principal suspeita refere-se a uma
lista composta por 28 empresas, criadas neste ano, que atuaram em favor
da campanha de Aécio. Outro fato considerado grave pelos advogados do
partido é a constatação de que apenas 21% das notas fiscais desses
estabelecimentos foram juntados aos autos.
Foi apontada, ainda, a ausência de
documentos de apresentação obrigatória, como extratos bancários
compreendendo todo o período de campanha e o termo de encerramento das
contas.
O PT também constatou que não há na
prestação de contas do contrato específico de fotógrafo da campanha, nem
da produção e disponibilização de conteúdo para celulares, como vídeos
para o aplicativo “WhatsApp”.
O partido pede, com isso, que seja
verificada a idoneidade das empresas que prestaram serviço a campanha
tucana. Segundo o advogado da campanha do PT à presidência, Rodolfo
Tsunetaka Tamanaha, o pedido quer apenas a apresentação das mesmas
comprovações documentais cobradas da campanha de Dilma Rousseff.
“Pedimos que sejam esclarecidos os
fatos, se foi um simples erro ou realmente foram cometidas ilegalidades
pela campanha do PSDB”, afirma.
O documento pede que seja comprovada a
existência das empresas e a autenticidade dos documentos entregues ao
TSE. Solicita ainda que seja verificado se o estabelecimento está
autorizado ou não a prestar o serviço descrito nas notas fiscais.
Outro ponto pede a conferência se o
faturamento das empresas é compatível com o serviço prestado e que sejam
investigadas eventuais inconsistências em relação aos fornecedores de
bens ou serviços de campanha criados no ano da eleição.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias.
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