quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

POLÍTICA - Fatos e factóides.

Conforme passa o tempo, aumentam a inquietação e às vezes a histeria nas oposições políticas e midiáticas. A paciência de certos setores de nossa elite, acostumados a mandar e a serem obedecidos, se esgotou. Seus objetivos: desgaste e perda da popularidade do governo e do PT, e agravamento da situação econômica e da violência social via manifestações.
Para tanto não têm pudores nem limites, usam a mídia para criar um clima de caos social e econômico e para desgastar a imagem do país no exterior, buscando claramente a perda do grau de investimento do país e a fuga de capitais. Desesperam-se ao extremo porque suas apostas em uma crise econômica, na disparada da inflação, na recessão, nos pedidos que fazem histericamente da vinda de uma crise energética, não se confirmam.
Tampouco concretizam-se a retomada das manifestações ou a perda da maioria no Congresso Nacional. Pior, as pesquisas de opinião pública consolidam a tendência de apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, comprovam a altíssima popularidade do ex-presidente Lula e a força do PT.
Oportunistas de plantão, maioria rechaça manifestações contra a Copa!
Além disso, trazem uma má notícia para os oportunistas de plantão: 72% dos entrevistados rechaçam as manifestações contra a Copa. Aí, alguns órgãos de imprensa não escondem sua decepção, seu desespero. Pelo contrário, esses veículos de comunicação dizem abertamente que as pesquisas não expressam o grau de insatisfação existente no país.
Grau de insatisfação que eles – meios de comunicação – pretendem representar e incentivar com o jornalismo de opinião e oposição que fazem e que capturam a informação, um mero protesto, para suas campanhas políticas. Basta assistir aos telejornais, ler os jornais e ouvir as emissoras rádios para constatar esse fato.
Como fracassaram, agora tentam criar divisões entre os presidentes Lula e Dilma. Retomam até a inacreditável candidatura do ex-presidente Lula no lugar da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição.  Outro factóide que criam é o da troca da equipe econômica. Tentam pressionar não apenas pela troca atual do Ministro da Fazenda, mas pela aceitação pelo Governo de uma linha ortodoxa de hedge política (políticas imediatistas, de curto prazo),  já que sabem da provável derrota de seus candidatos em outubro.
Ruins de pesquisas e de votos
As pesquisas indicam que o candidato do PSDB ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), não passa, não alcança na eleição deste ano, sequer o patamar mínimo dos tucanos de 23% dos votos no 1º turno presidencial. E deixam claríssimo que o candidato do PSB a presidente da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, patina entre 7% e 11%.
Quer dizer, não sai do lugar há várias rodadas de pesquisas, dando sinais de não se beneficiar de uma provável transferência de votos de sua aliada, a ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade-PSB) – sua provável vice. Mantendo essa estagnação, Eduardo Campos traz de volta a tensão à aliança PSB-Rede, já que a candidatura de Marina Silva mantém expressiva intenção de votos de 19% a 23%.
Além disso, nem Aécio Neves nem Eduardo Campos tem palanques e alianças suficientes, o bastante em nível regional, que lhes garantam tempo de rádio e TV para superar a debilidade política-eleitoral de suas candidaturas.
O PT tem condições de repactuar o projeto de desenvolvimento para o país
ptJá o PT, do outro lado, tem amplas vantagens sobre a oposição e pode construir de novo uma ampla aliança e palanques fortíssimos nos principais Estados do país. Mais do que isso, pode repactuar no Parlamento e na sociedade o programa que não regrida e degrade nosso projeto desenvolvimentista. Pelo contrário, um programa que o impulsione nas novas condições internas e externas.
Como sempre colocava o ex-ministro José Dirceu aqui em seu blog, o que está em jogo não é a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, mas a soberania e autonomia da nossa política de desenvolvimento, que exige uma nova aliança e um novo bloco social, uma repactuação e redefinição do nosso projeto político.
Esta soberania e esta autonomia da nossa política de desenvolvimento exigem que retomemos a aliança produtivista e nacional que levou o presidente Lula ao governo e que tenhamos capacidade de fazer sem medo esse debate político, mobilizando a sociedade em defesa do nosso projeto político e do Brasil.
Fonte: Blog do Zé Dirceu

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