50 anos depois, um general ainda tem coragem de chamar o golpe de “Revolução Democrática”
Não dá para acreditar! Passados 50 anos do golpe de 1º de abril – a se completarem daqui a pouco mais de um mês – e quando toda esta parte já foi revisada e não pairam mais dúvidas, ainda há quem ouse e tenha a coragem de chamar aquilo de “Revolução Democrática de 1964″. Pois há! Um general de Exército, mais alto posto na Força, Rômulo Bini Pereira, ex-chefe do Estado-Maior de Defesa, assina artigo na página 2 do Estadão hoje usando o tempo todo esse termo, qualificando como “revolução” a quartelada de meio século atrás.
Em se tratando de um general, o mínimo que se pode supor é que sabe exatamente o significado das palavras “revolução”, “golpe militar” e “golpe de Estado”. E que o general sabe que foi um golpe o que os militares deflagraram no Brasil no 1º de abril de 1964 e que por saberem, todos eles, que era isso, envergonhados, vieram com essa patranha de denominar a coisa de “revolução”.
Absurdo e estranho é que meio século depois um general ainda chame aquilo tudo de revolução. E de democrática uma ditadura implantada pelo golpe que rompeu a legalidade, depôs um presidente constitucionalmente eleito, sepultou as liberdades democráticas e iniciou um ciclo de 21 anos de regime militar que prendeu, torturou, matou, desapareceu com os corpos dos que a ele resistiam e até hoje não assumiu nem pediu desculpas à nação por essa série de desmandos.
Que o jornal acolha o artigo do general, compreende-se. Ele, em termos, acolhe opiniões plurais e, afinal, O Estado de S.Paulo, a exemplo dos demais jornalões e meios de comunicação do país – com raríssimas exceções -, estimulou e apoiou o golpe. Mas o general ter a coragem de, meio século depois, chamar de revolução o golpe que impôs a longa noite de 21 anos de ditadura, de trevas no país, francamente, é inacreditável!
Não dá para acreditar! Passados 50 anos do golpe de 1º de abril – a se completarem daqui a pouco mais de um mês – e quando toda esta parte já foi revisada e não pairam mais dúvidas, ainda há quem ouse e tenha a coragem de chamar aquilo de “Revolução Democrática de 1964″. Pois há! Um general de Exército, mais alto posto na Força, Rômulo Bini Pereira, ex-chefe do Estado-Maior de Defesa, assina artigo na página 2 do Estadão hoje usando o tempo todo esse termo, qualificando como “revolução” a quartelada de meio século atrás.
Em se tratando de um general, o mínimo que se pode supor é que sabe exatamente o significado das palavras “revolução”, “golpe militar” e “golpe de Estado”. E que o general sabe que foi um golpe o que os militares deflagraram no Brasil no 1º de abril de 1964 e que por saberem, todos eles, que era isso, envergonhados, vieram com essa patranha de denominar a coisa de “revolução”.
Absurdo e estranho é que meio século depois um general ainda chame aquilo tudo de revolução. E de democrática uma ditadura implantada pelo golpe que rompeu a legalidade, depôs um presidente constitucionalmente eleito, sepultou as liberdades democráticas e iniciou um ciclo de 21 anos de regime militar que prendeu, torturou, matou, desapareceu com os corpos dos que a ele resistiam e até hoje não assumiu nem pediu desculpas à nação por essa série de desmandos.
Que o jornal acolha o artigo do general, compreende-se. Ele, em termos, acolhe opiniões plurais e, afinal, O Estado de S.Paulo, a exemplo dos demais jornalões e meios de comunicação do país – com raríssimas exceções -, estimulou e apoiou o golpe. Mas o general ter a coragem de, meio século depois, chamar de revolução o golpe que impôs a longa noite de 21 anos de ditadura, de trevas no país, francamente, é inacreditável!
Nenhum comentário:
Postar um comentário