Os brasileiros poderão acessar a internet banda larga por meio da rede de energia elétrica ainda neste ano. Emília Ribeiro, conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), garante que o seu relatório sobre a regulamentação da 'internet por tomada' estará pronto no fim de março.
Depois disso, as normas devem ser analisadas pelo Conselho Diretor da agência e, se forem aprovadas, as empresas já podem oferecer o serviço. “É muito importante decidir essa questão, porque é mais uma forma de expandir a banda larga para todo o país de forma mais barata, para aumentar a competição também”, afirmou a conselheira.
Ela diz que está ouvindo todos os setores interessados, e que algumas experiências já estão sendo realizadas no país. Com a transmissão de dados em alta velocidade pela rede elétrica, sistema conhecido como BPL, as tomadas residenciais passam a ser pontos de rede, se conectadas a um modem.
A conselheira explica que os dados serão transmitidos por meio de fio elétrico ou por outro cabeamento no poste de energia. O sinal da internet banda larga chega até as residências pela caixa de energia elétrica e é transmitidos por dentro da rede.
Outra bandeira defendida por Emília Ribeiro dentro da Anatel é a utilização da banda larga no serviço público. Segundo ela, o país pode economizar muito com a informatização de serviços como saúde, educação e segurança.
“Não se discute a importância disso - é uma necessidade. Mas a forma de fazer ainda está sendo amadurecida. É uma política de governo, depende da vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro (das Comunicações) Hélio Costa", afirma Emília.
"Tenho certeza de que eles têm essa vontade. Quem não quer ver um governo informatizado? Mas temos muitos desafios, como a extensão territorial”, completa.
Segundo a conselheira, uma das alternativas para expandir o serviço seria por meio da universalização da banda larga nas escolas, com os sistemas de backhaul, que é a infra-estrutura de rede para conexão em banda larga.
“Não custa muito para o governo um estudo que faça o serviço chegar à segurança, à saúde, à cultura. Uma política de governo que tem uma iniciativa já feita e basta mais um fôlego para avançar. É uma questão inadiável, inaceitável”, defende. "Me sinto em uma agonia terrível por não conseguir que esse serviço seja disponibilizado para a nossa população.”
Agência Brasil/ Site O Vermelho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário