Sugerido por Pedro Penido dos Anjos
Do Valor
Se o Federal Reserve (Fed) refizesse
seu índice de vulnerabilidade para incluir também países avançados, além
de emergentes, provavelmente iria encontrar os Estados Unidos como o
quinto mais frágil do mundo. Os cálculos, que circulam na área
econômica, ilustram a debilidade do polêmico estudo do banco central
americano que, na semana passada, provocou impactos no mercado.
"O estudo do Fed peca pela falta de
base teórica e pelos erros empíricos", afirma um técnico do governo. O
trabalho, apresentado no relatório anual de política monetária do BC dos
EUA, coloca o Brasil como o segundo país mais vulnerável à retirada dos
estímulos nos EUA, atrás apenas da Turquia, num pelotão que inclui
Índia, Indonésia e África do Sul.
E, de certa forma, corrobora o carimbo
dos "Cinco Frágeis", expressão criada por um analista do Morgan Stanley
para designar esses mesmos países como os mais vulneráveis à mudança.
O estudo inclui só 15 emergentes e, se
fossem aplicados os mesmos critérios, os EUA ficariam em situação
embaraçosa por causa de sua dívida pública de 106% do PIB, déficit em
conta corrente de 2,7% do PIB e reservas internacionais como proporção
do PIB perto de zero, como é de se esperar de um país que emite a moeda
de reserva internacional.
As críticas, que estão sendo ecoadas
também por economistas privados, colocam em xeque um relatório central
de uma das instituições com a maior concentração de PhDs em economia do
planeta.
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