terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

DIREITO AO "FEBEAPÁ".

Eduardo Guimarães

Como nunca exerci o direito que assiste a todo ser humano de citar o bom e velho “Febeapá” , do bom e morto Sérgio Porto, ao menos uma vez na vida, exerço agora. E prometendo não usar de novo para não inflacionar ainda mais seu tão exacerbado uso.

Vejam só que besteira: a mídia não consegue nem explicar a política brasileira (a cada pesquisa sobre a popularidade de Lula, toma susto) e fica querendo explicar a da Venezuela.

Nessa tentativa vã, os grandes meios de comunicação – que, sobre Chávez, pensam todos da mesma forma - assolam o país com um legítimo Festival de Besteiras.

O Jornal da Globo, por exemplo, como todos os seus congêneres na imprensa televisionada ou escrita, tenta transformar em derrota a recente vitória eleitoral de Chávez dizendo que ele nunca teve tantos eleitores contra si.

Que besteira! Além de o resultado de domingo ter sido igual ao do ano em que Chávez se elegeu pela primeira vez, ele perdeu uma votação com maior abstenção em 2007 e agora ganhou outra com menor abstenção e a Globo tenta fazer crer que ele está perdendo apoio.

Na Folha de São Paulo, tentam fazer crer que Chávez ganhava eleições porque o preço do petróleo era alto, mas agora que está baixo ele finalmente perderia apoio. E só não teria perdido ainda porque fez uma “poupança” quando o preço era alto e agora a estaria usando para “subornar” o eleitorado.

É uma besteira imensa. Chávez está no poder há uma década. Até 2005, o petróleo estava na casa dos US$ 50, e no começo desta década (2000/2001) estava na casa dos US$ 20. Assim mesmo, em 15 eleições em 10 anos na Venezuela, Chávez só perdeu uma.

Os programas sociais? “Assistencialismo, esmolas, populismo...”. Falta combinar com o povo. E não só da Venezuela, mas da Argentina, da Bolívia, do Brasil, do Chile, do Equador, do Paraguai, dos EUA etc...
Fonte:Cidadania.com - Uol

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